« LUZ GLORIOSA . São estas as primeiras palavras de um dos mais antigos hinos cristológicos. O Cristo Ressuscitado é a luz do mundo. Foi isto que motivou a vasta reflexão feita pelo Vaticano II para descobrir o mistério da Ressurreição . Antes, a atenção fixava-se de preferência na cruz. Ela é o “altar do mundo”, e é mais do que justo venerá-la. Nela “ esteve suspenso o Salvador do Mundo ” ( Sexta-Feira Santa, Convite na apresentação da Cruz ). Mas Ele sofreu e morreu para ressuscitar. Não podemos parar na cruz. Paixão e Ressurreição são duas faces inseparáveis da mesma medalha. Cristo «foi entregue por causa das nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação » (Rm 4, 25). Também a Ressurreição tem valor salvífico: « Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vã a nossa fé » (1 Cor 15,14). Por outro lado, « Cristo, ressuscitado dentre os mortos já não morre; a morte já não tem domínio sobre Ele » (Rm 6,9). O Cristo que eu encontro na Liturgia , n
Levar a comunhão aos doentes é prática, na Igreja , desde os inícios. É a principal razão de ser da reserva eucarística nos sacrários. Normalmente esse serviço é realizado aos domingos. Como nem sempre o padre está disponível, foram instituídos os Ministros Extraordinários da Comunhão que, confirmados pelo Bispo da Diocese , exercem essa missão. Não substituem o padre, ajudam-no nessa tarefa ou noutra que lhes seja confiada. Quando, numa celebração, há padres, diáconos ou acólitos instituídos… compete a estes distribuir a Sagrada Comunhão , não aos ministros. Escolher alguém para ministro… não é “prémio” ou “condecoração” mas é pedir-lhe um serviço. Nalguns lugares faz-se de maneira discreta, noutros com alguma visibilidade: depois da Sagrada Comunhão , os ministros aproximam-se do altar e o celebrante, ao entregar o relicário, diz-lhes: “ Ide levar o Corpo de Cristo aos irmãos doentes ”, uma forma de sublinhar a união da assembleia com eles. ***** Diz a Sagrada E
«A palavra acólito vem do verbo acolitar , que significa acompanhar no caminho. Dado que se pode acompanhar alguém indo à frente, ao lado ou atrás de outras pessoas, acólito é aquele ou aquela que, na celebração da liturgia , precede, vai ao lado ou segue outras pessoas, para as servir e ajudar. Quem é que o acólito acompanha e serve? Em primeiro lugar acompanha e serve o presidente da celebração da missa, que tanto pode ser o bispo como o presbítero; em segundo lugar acompanha e serve o diácono, o ministro extraordinário da comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser ajudadas durante a celebração. Noutras celebrações, acompanha e serve as pessoas responsáveis por essas mesmas celebrações. Quando é que o acólito começa a ajudar e a servir o presidente da missa ? Quando o bispo ou o presbítero, na sacristia, tomam as suas vestes. Já então o acólito deve estar vestido e pronto, para poder ajudar. Depois, acompanha-os na procissão de entrada, indo à frente. Durante a mi
No dia 22 de Outubro, Sábado, vésperas do Dia Mundial das Missões 2016, o Grupo da Catequese Paroquial de Constantim reuniu-se para um “ Encontro de Catequese ” diferente: rezar o Terço Missionário . Aqui deixamos o guião desta actividade missionária: ( Antes do início do Terço Missionário, a todos os presentes é entregue um círculo – tem de haver 10 círculos de 5 cores diferentes – um por cada mistério, correspondente a cada um dos continentes: América, Europa, África, Ásia, Oceânia). Depois de todos apresentarem a intenção para o respectivo mistério, um elemento presente reza a 1ª parte da Avé Maria . Enquanto todos rezam a 2ª parte (Santa Maria…) , esse elemento vai colocar o círculo que lhe foi entregue, para se ir construindo o Terço, conforme se pode verificar na imagem. O Pai Nosso, no início de cada mistério, as três Avé Marias e a Salvé Rainha, no final, também são rezadas por todos.) Cântico inicial Quero ser como tu, como tu, Maria, como tu, um dia, como t
Tal como em anos anteriores, vamos disponibilizar no blogue do Grupo da Catequese e Acólitos de Constantim o Programa com as celebrações da Semana Santa em Vila Real neste ano de 2014 (13 a 20 de Abril): «Na Semana Santa celebram-se os mistérios da salvação consumada por Jesus nos últimos anos da sua vida na terra, desde a entrada triunfal em Jerusalém até à sua sacratíssima Paixão e gloriosa Ressurreição. A Semana Santa contém aquilo que Jesus definiu como a “Sua Hora”. A antiga liturgia de Milão classificava esta semana de Semana Autêntica por ser a semana dos verdadeiros “trabalhos de Jesus”. O anterior Missal romano chamava-lhe Semana Maior , não pelo número de dias, mas pelo seu conteúdo salvífico. O conjunto das celebrações da Semana Santa constitui o núcleo da fé da Igreja, o Mistério Pascal , revelador da plenitude do amor de Deus ao mundo. As cores litúrgicas são a encarnada e a branca, as cores de vida e de vitória. As celebrações na Sé são presididas pelo Bispo d
O Círio Pascal A Páscoa não se celebra apenas num dia, prolonga-se durante sete semanas, até ao Pentecostes . Estes cinquenta dias são como um só, uma única festa que se prolonga para recordar, viver, agradecer a ressurreição e a vida nova de Jesus . Um dos símbolos da Páscoa é o círio pascal que se acende em todas as Missas dominicais até ao Pentecostes , dia em que celebramos a vinda do Espírito Santo que ressuscitou Jesus e leva a Páscoa à plenitude. A alegria da Páscoa - a primeira e a maior festa dos cristãos – deve prolongar-se por todo o Tempo Pascal . As igrejas manifestam-no na ornamentação: mais flores e luzes, o círio pascal em destaque, o cântico do “ Aleluia ”, a escolha de cânticos com tonalidade pascal, dar preferência, na liturgia penitencial, à aspersão da água… É importante que este ambiente de alegria esteja presente nas celebrações. Para quê? Lembrar-nos que o Senhor ressuscitado vive no meio de nós para nos fortalecer e salvar. ***** Diz a Sa
“Entre todos estes elementos [do retábulo do altar-mor] evidencia-se o sacrário rotativo de apurado trabalho em talha dourada que está inserido num corpo poligonal definido por colunelos emparelhados. Deverá situar-se na primeira metade do século XVII, a ter em atenção a identidade como retábulo: os colunelos do tambor, da mesma sensibilidade estética que as colunas do retábulo, e as edículas, de gosto ainda da renascença. O sacrário que alberga é rotativo . Transporta-nos, de certo modo, a um rochedo a que se alude na base e cobertura. Trata-se de uma valiosa peça de arte portuguesa, cujo tema é a paixão de Cristo [cenas em baixo-relevo]: a Flagelação , Ecce Homo , Cristo na Cruz e Ressurreição , com a particularidade do seu interior ser talhado a canivete. (…) Esta representação é singular, pois trata-se de uma obra de ensamblagem, cuja técnica, além de revelar mestria, alia a perfeição estética das figuras ao tratamento fino da expressão e dos volumes.” A flagelação &qu
O gesto da paz é um rito muito apreciado nas nossas assembleias. O excesso de entusiasmo que, no início, suscitou foi temperado pela nova Introdução Geral do Missal Romano , que convida a desejar-se a paz “ de maneira sóbria e unicamente àqueles que nos rodeiam ”. (nº82) O importante neste gesto é o sentido simbólico. Não se trata de efusões de alegria entre uma banda de amigos que exprimem assim o gosto do reencontro e de estarem juntos, nem de uma ocasião para saudar as pessoas – que se pode fazer no início ou no fim das celebrações – mas de mostrar que desejamos entrar na dimensão de paz que Jesus traz ao mundo e que ultrapassa os nossos conflitos. Por vezes até se vê estender as duas mãos ao outro: gesto ao mesmo tempo sóbrio e mais significativo do que o simples aperto de mão e pode exprimir melhor o alcance simbólico do rito. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Que o Deus da Paz… vos torne aptos para toda a espécie de bem, a fim de que façais a Sua vontade ». (Heb. 13
Primeiro defeito: Jesus não tem boa memória Na cruz, durante a Sua agonia, Jesus ouviu a voz do ladrão que estava crucificado à Sua direita: « Jesus, lembra-te de mim quando tiveres entrado no teu reino » (Lc 23, 42). Se tivesse sido eu, tinha-lhe respondido: « Não te esquecerei, mas os teus crimes têm que ser expiados, pelo menos, durante 20 anos no purgatório ». No entanto, Jesus respondeu-lhe: « Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso » (Lc 23, 43). Jesus esqueceu todos os pecados daquele homem. Bortolomé Esteban Murillo O regresso do filho pródigo (1667-1670) A parábola do filho pródigo conta-nos que este, de volta à casa paterna, prepara no seu coração aquilo que dirá ao pai: «Meu pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho ». (Lc 15, 21) Mas o pai, quando o vê chegar ao longe, já tinha esquecido tudo; corre ao seu encontro, abraça-o e não lhe dá, sequer, tempo para dizer o que tinha preparado, e diz ao