Jornal "Avé Maria" - Nº 2589 (Semanário) - Vila Real - 19 de Dezembro de 2010
Eis o Cordeiro de Deus
É com estas palavras que João Baptista apresenta Jesus aos seus discípulos.
Nelas refere-se ao Servo sofredor de que fala Isaías (cap.53), ao sacrifício de expiação dos pecados (Lev. 1,4) e ao rito do Cordeiro pascal (Ex. 12,7).
João chama a Jesus "Cordeiro de Deus", o verdadeiro Servo sofredor, o que nos salva totalmente do pecado. Os discípulos compreenderam-no bem, eis porque dizem: "Encontrámos o Messias", mudam de mestre, deixando João e seguindo Jesus.
Cordeiro... evoca e suprime os sacrifícios de expiação de Israel, o poder salvador de Cristo ultrapassa e torna inútil o de todos os animais sacrificados nos tempos antigos, e identifica Jesus com o cordeiro pascal. Jesus morre à hora em que no templo se imolavam os cordeiros com que celebrariam a Páscoa. A partir daí, a Páscoa é Ele, Jesus.
Liturgicamente, estas palavras são repetidas, todos os dias, na celebração da Eucaristia, antes da Sagrada Comunhão.
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Diz a Sagrada Escritura:
«No dia seguinte, encontrava-se no mesmo lugar, quando Jesus voltou a passar por ali. E ele disse a dois dos seus discípulos: - "Aquele é o Cordeiro de Deus"».
(Jo. 1,36)
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Todo o amor é difusivo;
E se o Amor é o maior bem,
Quem ama não se detém
Do seu egoísmo cativo.
Por isso toda a missão
Dos baptizados é isto:
Transmitir o Amor de Cristo
Que se traz no coração.