O papel do(a) Catequista

Encontrei na internet (ZENIT.org) um texto sobre o “papel” do(a) catequista. Li-o e reli-o e decidi partilhá-lo com quem visita este blogue.

«CATEQUISTA, ONDE VOCÊ ESTÁ?

Não existe uma regra ou uma cartilha que ensine como evangelizar! Cada lugar, região e país têm sua cultura, suas riquezas e valores, suas deficiências e necessidades que precisam ser considerados. O que é importante para um, pode ser insignificante para o outro!

Por isso, todo catequista, esteja onde estiver, precisa fortalecer a sua fé e conhecer a razão de seu chamado e de sua missão evangelizadora a partir do chão onde está pisando; buscar uma formação fundamentada nos ensinamentos de Jesus e da Igreja; e deixar-se conduzir pelo Espírito Santo de Deus que é um só e, portanto, conhece a realidade onde a fé será transmitida e acolhida.

Conforme a Encíclica Redemptoris Missio[1], o ministério do catequista é necessário e tem características peculiares, pois são agentes especializados, testemunhas diretas, evangelizadores insubstituíveis, que representam a força de base das comunidades cristãs (73), e 'além de serem educadores da fé, são discípulos e missionários de Jesus Cristo'.[2]

Sabendo onde está e tendo consciência de seu apostolado e ministério, o catequista precisa cativar a criança e levá-la até Jesus, apresentando-lhe um amigo que estará sempre por perto. Mas, como fazer isso? É preciso conhecer primeiramente, acolher de modo especial para saber quem é a criança que está chegando e que está do outro lado, e o que ela espera da catequese.

Quando Jesus esteve entre os homens, Ele sabia onde estava pisando e quem eram seus discípulos, a realidade do povo e suas necessidades. Ele conhecia a cada um de modo particular! Assim também deve ser o catequista! Ele precisa conhecer aquele que está sendo evangelizado: a realidade, as necessidades, as carências, os desejos e as expectativas do outro, para que o Evangelho que será anunciado venha de encontro aos interesses comuns, e encontre espaço para ser acolhido, entendido e vivido coerentemente.

A meditação o Evangelho de Lucas 24,13-35, que narra os discípulos a caminho de Emaús, mostra Jesus se aproximando e se colocando como ouvinte para entender o que se passa no entendimento e no coração dos dois discípulos. Ao ficar entre eles, Jesus lhes dá atenção, caminha com eles e aquece-lhes o coração. Somente depois, Ele os orienta e evangeliza, e Se revela durante a ceia, ou seja, no momento de intimidade entre amigos que confiam um no outro.

No desejo ansioso de evangelizar, muitos catequistas, querendo mostrar seus conhecimentos, se esquecem do processo do acolhimento, do encontro, do envolver-se com o outro. No chão em que estão pisando, eles devem caminhar lado a lado com o catequizando até que este os chame de amigo, e neste momento, então, estarão se revelando como um reflexo da luz de Jesus e, consequentemente, estarão evangelizando!

Catequistas, não pulem etapas! Olhem para o horizonte sem deixar de saber onde estão fincados os seus pés!»

[1] Encíclica Redemptoris Missio (73) - Papa João Paulo II - 1990
[2] texto de abertura do Estudo 95 da CNBB – de Dom Dimas Lara Barbosa – Secretário Geral da CNBB

Este texto foi escrito por Rachel Lemos Abdalla. Ela é Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor e Coordenadora da Catequese de Famílias da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Campinas, São Paulo; apresenta o 'Programete Pequeninos do Senhor', dentro do Programa 'Povo de Deus' da Arquidiocese de Campinas, na Rádio Brasil Campinas; e é membro da 'Equipe de Trabalho' do 'Ambiente Virtual de Formação' da Arquidiocese de Campinas.

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