Igreja e Política
A palavra de Jesus é
clara: “Dai a César o que é de César e a
Deus o que é de Deus” (Mt. 22, 21).
Jesus não foi um político
nem os seus ensinamentos o são, manteve independência perante os partidos
políticos do seu tempo, separou o “religioso” do “político”, rejeitou o
carácter sagrado do poder político…
Também a Igreja, “em razão da sua missão e competência, de
modo algum (…) está ligada a qualquer sistema político, (…) é (antes) sinal e
salvaguarda da transcendência da pessoa”. São duas realidades “independentes e autónomas”. (GS, 76)
Não tem nenhum partido
político mas exclui liminarmente aqueles em que a “autoridade política assuma formas
totalitárias ou ditatoriais, que lesam os direitos das pessoas ou dos grupos
sociais” (CS. 75)… Reclama, sim, o direito de viver, anunciar permanentemente a
sua doutrina e de denunciar tudo o que não respeite os direitos humanos.
*****
Diz
a Sagrada Escritura: «Dai
a cada um o que lhe é devido: o imposto a quem se deve o imposto; a taxa, a
quem se deve a taxa; o respeito a quem se deve o respeito; a honra a quem se
deve a honra» (Rom. 13, 7)
*****
Afirmas, em tom mordaz,
Que as políticas são sujas;
Pois, se estás limpo, não fujas
E mostra como se faz.
Que as políticas são sujas;
Pois, se estás limpo, não fujas
E mostra como se faz.
É útil que te convenças
Que se o mundo anda torto,
Não deves fingir de morto,
Mas defender o que pensas.
Que se o mundo anda torto,
Não deves fingir de morto,
Mas defender o que pensas.
In Jornal “Avé Maria”
(Semanário) - Vila Real, 21.07.2013
(GS) - Gaudium et Spes