«Mãe de todos os viventes» (Gn 3,20)
«Vi
a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do Céu, de junto de Deus, bela
como uma esposa que se ataviou para o seu esposo» (Ap 21,2). Tal como Cristo
desceu do Céu à Terra, também sua esposa, a Santa Igreja, tem origem no Céu:
nasceu da graça de Deus, desceu com o próprio Filho de Deus e está-Lhe
indissoluvelmente unida. A Igreja é formada por pedras vivas (1Ped 2,5) e a sua
pedra angular (Ef 2,20) foi colocada quando o Verbo de Deus assumiu a natureza
humana no seio da Virgem. Nesse instante, estabeleceu-se entre a alma do Filho
divino e a alma de sua virginal Mãe o laço da mais íntima de todas as uniões, a
que chamamos união nupcial.
Oculta
ao mundo, a Jerusalém celeste tinha descido à Terra. Desta primeira união
nupcial haveriam de nascer todas as pedras que se juntariam à poderosa
construção, todas as almas que a graça despertaria para a vida. Deste modo, a
Mãe esposa seria a Mãe de todos os redimidos.
Santa
Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir,
co-padroeira da Europa | «As Núpcias do Cordeiro»
S. Teresa Benedita de Cruz, Virgem e mártir, Padroeira da Europa
"Santa
Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) é, com Santa Brígida e Santa Catarina de Sena, Padroeira da Europa. Filha de judeus, nasceu em Breslau (Alemanha), a 12
de Outubro de 1891.
Procurando
ansiosamente a verdade, dedicou-se ao estudo da Filosofia até que encontrou a
fé católica e se converteu. Muito a ajudou a leitura da autobiografia de Santa Teresa de Jesus: “Esta é a verdade!”, exclamou. Fez-se batizar em Janeiro de
1922. Prosseguiu o estudo e o ensino da Filosofia, procurando encontrar o modo
de unir ciência e fé.
Em
1933, entrou para o convento das Carmelitas de Colónia, passando a chamar-se
Teresa Benedita da Cruz e servindo os seus irmãos judeus e alemães. Em 1938 foi
transferida para a Holanda, por causa da perseguição nazi. Acabou por ser
presa, a 2 de Agosto de 1942, pela Gestapo, em represália a um comunicado dos
Bispos dos Países Baixos contra as deportações dos judeus.
Foi
morta nas câmaras de gás, em Auschwitz-Birkenau (Polónia), a 9 de Agosto do mesmo
ano. Assim, recebeu a coroa do martírio.
Foi
canonizada pelo Papa João Paulo II, em 1998."