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VIA LUCIS - Caminho da Luz

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« LUZ GLORIOSA . São estas as primeiras palavras de um dos mais antigos hinos cristológicos. O Cristo Ressuscitado é a luz do mundo.  Foi isto que motivou a vasta reflexão feita pelo Vaticano II para descobrir o mistério da Ressurreição . Antes, a atenção fixava-se de preferência na cruz.  Ela é o “altar do mundo”, e é mais do que justo venerá-la. Nela “ esteve suspenso o Salvador do Mundo ” ( Sexta-Feira Santa, Convite na apresentação da Cruz ). Mas Ele sofreu e morreu para ressuscitar.  Não podemos parar na cruz.  Paixão e Ressurreição são duas faces inseparáveis da mesma medalha. Cristo «foi  entregue por causa das nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação » (Rm 4, 25). Também a Ressurreição tem valor salvífico: « Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vã a nossa fé » (1 Cor 15,14). Por outro lado, « Cristo, ressuscitado dentre os mortos já não morre; a morte já não tem domínio sobre Ele » (Rm 6,9). O Cristo que eu encontro na Liturgia , n

O abraço da paz

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O gesto da paz é um rito muito apreciado nas nossas assembleias.  O excesso de entusiasmo que, no início, suscitou foi temperado pela nova Introdução Geral do Missal Romano , que convida a desejar-se a paz “ de maneira sóbria e unicamente àqueles que nos rodeiam ”. (nº82) O importante neste gesto é o sentido simbólico.  Não se trata de efusões de alegria entre uma banda de amigos que exprimem assim o gosto do reencontro e de estarem juntos, nem de uma ocasião para saudar as pessoas – que se pode fazer no início ou no fim das celebrações – mas de mostrar que desejamos entrar na dimensão de paz que Jesus traz ao mundo e que ultrapassa os nossos conflitos.  Por vezes até se vê estender as duas mãos ao outro: gesto ao mesmo tempo sóbrio e mais significativo do que o simples aperto de mão e pode exprimir melhor o alcance simbólico do rito. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Que o Deus da Paz… vos torne aptos para toda a espécie de bem, a fim de que façais a Sua vontade ». (Heb. 13

Encontros sobre Liturgia

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A Oração Eucarística

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A oração eucarística é o centro da celebração: do Prefácio até à doxologia ( Por Cristo, com Cristo, em Cristo… ) somos convidados a entrar na grande acção de graças. Embora rezada em voz alta apenas pelo celebrante, diz respeito a todos. São dez as aprovadas e uma com possibilidade de pequenas variantes… também por se rezarem quase sempre as mesmas, recitadas no mesmo tom de voz… acabamos por decorar as palavras… o que pode provocar o risco da diminuição da atenção. Todos temos de procurar compreendê-la melhor e também de escolher aquela que melhor se adapta ao dia. Não é assunto reservado ao celebrante… Os grupos de Liturgia têm uma palavra a dizer. O papel do padre é fundamental: a sua própria maneira de estar, de rezar o texto e o tom da voz, poderão contribuir para que a assembleia entre em acção de graças e na contemplação do mistério que aqui se revela. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Fazei isto em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beb

Gestos que falam

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Foi numa paróquia rural cuja assembleia de domingo parecia composta de pessoas de culturas diferentes… A primeira leitura foi proclamada, de maneira admirável, por um adolescente. Soube depois que fora escolhido de entre os que frequentam a catequese. Ao descer do ambão, colocou-se diante do altar, um bocadinho ao lado, de costas para o povo e esperou. A salmista avançou lentamente, colocou-se ao lado dele e os dois inclinaram-se diante do altar. O primeiro recuperou o seu lugar e ela subiu para o ambão e cantou o Salmo. Salmista e segunda leitora repetiram o mesmo gesto. Tranquilamente, cada um tomou o seu tempo de saudar o altar, sinal da presença de Cristo. Gestos realizados pausadamente, nas celebrações eucarísticas que, naturalmente, introduzem um breve espaço de silêncio, de respiração. Mas, por estas simples atitudes, Cristo é colocado no centro da celebração e a Palavra de Deus atinge outra dimensão… ***** Diz a Sagrada Escritura: « Irmão, peço-vos em nome

O silêncio dos atos litúrgicos

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A participação nas celebrações litúrgicas, como o Senhor disse a Moisés , exige que descalcemos os sapatos porque a terra que pisamos é sagrada. Exige silêncio. Fazer o silêncio não é apenas eliminar o ruído exterior.  Se queremos fazer verdadeira experiência de Deus e participar nos atos comunitários da fé… é indispensável o silêncio exterior mas também o interior, evitar tudo o que nos possa distrair e calar a nossa imaginação, para escutarmos a Palavra de Deus, a interiorizarmos e, depois, a levarmos para o concreto do nosso dia-a-dia. Se descuidarmos o silêncio nas celebrações, não é possível o encontro com Deus: « Moisés e os sacerdotes levíticos falaram assim: “Cala-te e escuta, ó Israel ”» (Dt. 27,9). “ Cala-te e escuta ”. Duas palavras que indicam outras atitudes dos crentes. Fiel é aquele que se cala, escuta, obedece e, depois, procura pôr em prática a Palavra de Deus. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para