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Vivência cristã do tempo do calendário

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O tempo divide-se em anos .  Podia ser de outro modo? É a natureza que assim indica, por uma volta inteira da Terra à roda do Sol. E tantas influências tem no clima, nas culturas, na vida humana: tudo recomeça e tudo se repete de maneira aproximada, em cada no! A vida de relações com Deus, enquanto estamos no mundo, vive-se muito articulada com a divisão do tempo.   Há, assim, uma forma de viver cristãmente o ano, é a celebração litúrgica do ano. Sugestão:  História dos calendários – os primeiros calendários A Páscoa O centro e coração da celebração anual é a PÁSCOA , na Primavera. Por ela, cada cristão, revive a Páscoa de Cristo, para se apropriar da redenção que ela nos mereceu. Coincide com a Primavera, que é a ressurreição da natureza.  Gregório Lopes, Ressurreição de Cristo, 1539-1541 Museu Nacional de Arte Antiga  O Natal Como preparação da Páscoa, o cristão celebra o NATAL que é a entrada de Deus no mundo dos homens, a iniciar a salvação dos homens.

MARANA THA

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Marana Tha é uma aclamação em língua aramaica, a língua falada por Jesus, que significa: o Senhor vem ou Vem, Senhor .  Na boca dos cristãos, é uma confissão de fé na vinda de Jesus que, nos princípios, julgavam iminente.  Entrou logo na oração dos crentes e S. Paulo conservou-a na 1ª carta aos Coríntios (16,22) e S. João no Apocalipse (22,20). É a invocação mais antiga da comunidade cristã.  Exprime o anseio pela vinda do Salvador que virá curar e resgatar as pessoas num tempo carregado de amargura, angústia e solidão.  É o desejo da vinda do tempo de Deus ao tempo dos homens para os libertar de toda a escravidão. Na liturgia, os cânticos que contém esta aclamação cobram, no Advento, este sentido particular, na perspectiva da vinda de Cristo no Natal e, sobretudo, pela orientação escatológica das leituras das primeiras semanas, para a vinda gloriosa do Senhor no fim dos tempos. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação est

Coroa do Advento

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A Coroa do Advento As tradições do Advento falam-nos de expetativa e desenrolam-se por etapas.  Uma das mais conhecidas, hoje, é a de acender quatro velas sobre uma “coroa” nas igrejas ou nas casas.  É um costume que nos leva aos luteranos alemães do séc. XVI mas que se espalhou rapidamente por toda a parte e lhe foi atribuído simbolismo cristão. Quando a luz do dia diminui e a noite cresce, celebrava-se na Alemanha a festa da luz, festa certamente de origem pagã.  Com o movimento litúrgico de 1950, a Coroa do Advento ganhou o mundo católico. Pode ter uma forma qualquer, é feita de folhas persistentes, colocada sobre uma mesa ou suspensa do teto e comporta quatro velas, uma para cada semana do Advento .  O simbolismo está mais na luz, nas folhas persistentes e na progressão…  A nova luz que se acende em cada domingo… devia corresponder a tornarmo-nos luz mais viva de Cristo. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Uma voz clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as

«O deserto e a terra árida vão alegrar-se, a estepe exultará e dará flores» (Is 35,1)

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« Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor ’». Irmãos, reflitamos antes de mais na graça da solidão, na beatitude do deserto, que mereceu ser consagrado ao repouso dos santos desde o começo da era da salvação. É verdade que o deserto foi santificado para nós pela «voz [que] clama no deserto», João Batista, que pregava e administrava um batismo de penitência; mas já antes dele os profetas mais santos tinham amado a solidão enquanto local favorável ao Espírito. Porém, este local recebeu uma graça de santificação incomparavelmente maior quando Jesus tomou o lugar de João (Mt 4,1). […] Ele permaneceu no deserto durante quarenta dias, como que para purificar e consagrar este local a uma vida nova; venceu o déspota que o assombrava […], não tanto por si, mas por aqueles que, no futuro, aí habitariam. […] Portanto, espera no deserto Aquele que te salvará do medo e das tempestades; quaisquer que sejam os combates que sobre ti se abatam, quaisquer que sejam as privações qu