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O "Decálogo" do Acólito

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O "Decálogo" do Acólito O acólito serve o altar, acompanha o celebrante, canta, reza, participa ativamente.  Ele desempenha um ministério (serviço) muito importante durante as celebrações litúrgicas. Portanto, para se ser acólito é necessário, fundamentalmente: 1.- Acreditar em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador , e na Boa Nova que Ele nos trouxe, testemunhando-O em todos os lugares onde estiver; 2.- Ter vontade de ajudar, de servir os outros, segundo o exemplo de Jesus que “ não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos ” (Mc.10, 45); 3.- Querer conhecer cada vez melhor e viver de acordo com a doutrina (os ensinamentos) da Igreja Católica Apostólica Romana ; 4.- Dedicar-se à leitura e ao estudo da Bíblia (Palavra de Deus) e da Liturgia , com empenho e vontade de melhorar, cada vez mais, o seu serviço ao altar; 5.- Rezar , sozinho, em família e com os outros elementos do Grupo de Acólitos; 6.- Fazer um sério e contínuo d

Quaresma é tempo de penitência e reconciliação

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Quaresma – Tempo de Penitência e Reconciliação A Igreja, na  Liturgia das Horas , reza todas as sextas-feiras do ano o Salmo 50. Ao longo da Quaresma , na Eucaristia , é rezado cinco vezes, quatro das quais nos primeiros dias: “ Tende compaixão de mim, ó Deus… ” Que “compaixão”? Não nos enganemos, não se trata tanto de pedir perdão das nossas faltas mas de um chamamento à conversão: a certeza de um futuro sempre aberto e possível, por mais densas que sejam as sombras que envolvam a nossa vida pessoal e comunitária. Trata-se de um pedido insistente que o Senhor realize o seu projecto salvador e reconciliador em nós e no mundo. E se aproveitássemos este tempo da Quaresma , como a Igreja nos convida, para vivermos plenamente este Salmo, encontrando um padre para celebrarmos a Penitência e a Reconciliação , “ acolhermos o perdão de Deus e dele sermos testemunhas junto dos outros ”? *** Diz a Sagrada Escritura: « Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os peca

Da Quaresma à Páscoa - «És pó e ao pó voltarás» (Génesis 3,19)

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«És pó e ao pó voltarás» (Génesis 3,19). Quando? Amanhã? No próximo ano? Daqui a 20 anos? Que importa... Esse grão de pó sobre a tua cabeça é o teu destino inelutável.  Por isso emprega bem os teus curtos anos, converte-te, volta-te para Cristo, que só ele te pode dar perdão e vida. É assim que começamos a Quaresma , tempo de conversão e austeridade, mas também tempo de uma alegria contida, a alegria de um coração purificado.  Trata-se de nos prepararmos para as festas pascais . A Quaresma é o caminho para uma festa! « Quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa » (Mateus 6,16). Escutemos bem estas palavras e apliquemo-las como norma de conduta, não apenas na Quaresma mas em toda a nossa vida cristã, porque ela não é senão uma longa preparação para as festas pascais definitivas. « Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto

A Reconciliação pela Páscoa

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Continua a ter sentido a celebração do sacramento da confissão pela Páscoa .  O caminho quaresmal da purificação e de conversão… leva-nos, naturalmente, à reconciliação com Deus, connosco e com os outros . Este sacramento –  chamemos-lhe: “confissão”, “penitência” ou “reconciliação”  – foi instituído pelo Senhor no dia de Páscoa e é, de facto, o sacramento da Páscoa .  Na tarde desse dia, a Igreja recebeu do seu Senhor a missão de anunciar a Boa Nova da Misericórdia : Jesus soprou sobre os Apóstolos reunidos no cenáculo e disse-lhes: “ Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos ” (Jo 20, 22-23). É bom entrarmos na Páscoa – a passagem com Cristo para a Vida Nova – celebrando com humildade este sacramento que nos leva a morrer para o pecado e a reconciliarmo-nos com Deus, com os outros e connosco… para podermos acolher em nós a Vida do Ressuscitado . ***** Diz a Sagrada Escritura:  « Àquel

Tríduo Pascal - ponto culminante do ano litúrgico

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Num documento da reforma litúrgica que dá pelo nome de “Normas Gerais do Ano Litúrgico e do Calendário Romano” lêem-se estas palavras: “ O sagrado Tríduo da Paixão e Ressurreição do Senhor é o ponto culminante de todo o ano litúrgico ” (NGALC 18; EDREL 856).  A este sagrado Tríduo chama-se também Tríduo Pascal: “tríduo”, por abranger um período de três dias consecutivos; “pascal”, por acontecer nas imediações da Páscoa de Jesus. Afirmar que o Tríduo é o ponto culminante do ano litúrgico equivale a dizer que ele é o verdadeiro centro de toda a liturgia cristã. Ele não é uma simples festa, mas a festa das festas; não é apenas uma grande solenidade, mas a solenidade das solenidades cristãs (cf. Catecismo da Igreja Católica , n. 1169).  Não há, no decurso do ano litúrgico, nada maior do que ele. Santo Agostinho chamava-lhe “Tríduo de Cristo morto, sepultado e ressuscitado”. Qual a razão desta importância ímpar do Tríduo Pascal, perguntarão os nossos leitores?  A resposta volta a dá-

Quaresma é tempo de ainda mais oração

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Quaresma – tempo de mais oração A tradição cristã e a liturgia da Igreja apontam-nos o tempo da Quaresma como dos mais propícios para o exercício das práticas espirituais. Entre elas destaca-se a leitura da Palavra de Deus como caminho e apoio para a oração pessoal. Muitos santos converteram-se por uma simples frase do Evangelho . Há palavras que nos atingem totalmente e nunca mais desaparecem da nossa consciência. E compreende-se: elas foram ditas e escritas… para ti, para mim. Porque não ler todos os dias os textos da Santa Missa ? Hoje, é uma possibilidade ao alcance de todos… Ao rezarmos, a primeira preocupação deve ser o desejo sincero de estabelecer uma relação afectiva com Deus , com Seu Filho Jesus Cristo , graças ao Espírito Santo que reza em nós.  Uma coisa é certa: sem vida de oração não existe vida de fé. “ Creio tanto quanto rezo ”! *** Diz a Sagrada Escritura: « Pai, chegou a hora! Glorifica o Teu Filho para que Ele Te glorifique a Ti…»   (Jo, 17, 1)

Vivência cristã do tempo do calendário

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O tempo divide-se em anos .  Podia ser de outro modo? É a natureza que assim indica, por uma volta inteira da Terra à roda do Sol. E tantas influências tem no clima, nas culturas, na vida humana: tudo recomeça e tudo se repete de maneira aproximada, em cada no! A vida de relações com Deus, enquanto estamos no mundo, vive-se muito articulada com a divisão do tempo.   Há, assim, uma forma de viver cristãmente o ano, é a celebração litúrgica do ano. Sugestão:  História dos calendários – os primeiros calendários A Páscoa O centro e coração da celebração anual é a PÁSCOA , na Primavera. Por ela, cada cristão, revive a Páscoa de Cristo, para se apropriar da redenção que ela nos mereceu. Coincide com a Primavera, que é a ressurreição da natureza.  Gregório Lopes, Ressurreição de Cristo, 1539-1541 Museu Nacional de Arte Antiga  O Natal Como preparação da Páscoa, o cristão celebra o NATAL que é a entrada de Deus no mundo dos homens, a iniciar a salvação dos homens.

Quaresma - Tempo de jejum

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 Tempo de Quaresma , tempo de partilha, tempo de jejum… O Senhor diz-nos as suas preferências :  “ O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente… pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. Então, a tua luz surgirá como a aurora ”. (Is. 58, 6-8) Jejuar assim exige que paremos para refletirmos sobre nós e a nossa vida, pensarmos um pouco mais nos outros, comprometermo-nos a agir concretamente, com os nossos próprios meios, pequenos ou grandes – renunciar a uma chávena de café, uma taça de álcool, um bolo, um programa de televisão…  O que importa é que sejamos sinceros e nos convertamos.  Paulo VI  insistia “ Todos os fiéis são chamados a fazer penitência, cada um à sua maneira; a conversão deve manifestar-se comunitariamente ”. Jejuamos… para partilhar. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Nem só de pão v

São Nuno de Santa Maria (D. Nuno Álvares Pereira)

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Herói e santo. Nasceu em Cernache do Bonjardim, Sertā, a 24.6.1360, e morreu em Lisboa, a 1.4.1431. Era filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira (prior da Ordem de S. João do Hospital) e de  Iria Gonçalves do Carvalhal (dama do Paço). Aos 13 anos entrou para a corte de D. Fernando, tornando-se escudeiro da rainha D. Leonor Teles. Aos 16 anos, para não contrariar o pai, apesar do seu propósito de se manter casto, a exemplo de Galaaz, casou, a 15.8.1376, com a jovem viúva D. Leonor Alvim, da qual teve três filhos. Destes, sobreviveria apenas D. Beatriz , a mais nova, que casaria em 1401 com o filho natural de D. João I , o conde de Barcelos, D. Afonso, que viria a ser o 1.º duque de Bragança . Herói da luta pela independência de Portugal Após a morte de D. Fernando , em 1383, tornou-se a espada que assegurou ao partido nacional a sua autonomia efectiva perante as pretensões castelhanas: em 6.4.1384 obteve o primeiro dos seus grandes êxitos na Batalha dos Atoleiros . Nomeado

QUARESMA

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Breve história da Quaresma No princípio, a Igreja preparava-se para celebrar a Páscoa , jejuando Sexta-Feira Santa e Sábado Santo . Os 40 dias da Quaresma foram introduzidos pela Igreja, segundo S. Leão Magno e Santo Agostinho , para que os fiéis durante este longo retiro anual comemorassem solenemente a Paixão e Morte de Cristo . O facto de serem 40 dias foi certamente sugerido pelo jejum de Moisés e Elias e especialmente de Jesus, no deserto, antes de dar começo à Sua vida pública. A Quaresma foi mencionada a primeira vez no cânone quinto do Concílio de Niceia no ano 325, e nas «Cartas Festivais» de Santo Atanásio.  A Liturgia da Quaresma , compilada entre os anos 461 e 596 mostra em cada uma das suas páginas o muito que sofreram então os cristãos de Roma. Durante esse período de tempo, Roma era repetidas vezes assediada e saqueada pelos Vândalos, Godos, Hunos e Lombardos. (1) Nesta Quaresma não sejas tíbio… compromete-te! O luto quaresmal Uma atmosfera de dó sem