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Somos todos celebrantes

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Até ao Concílio Vaticano II o celebrante de qualquer ação litúrgica era o padre. O Povo de Deus assistia, não tinha qualquer intervenção para além da dos ajudantes ou acólitos. O padre lia os textos, tudo fazia… a missa era dele. Esquecia a graça e o direito dos legos batizados. A Constituição sobre a Liturgia veio lembrar que todo o batizado deve tomar parte ativa na assembleia cristã: “ É desejo ardente na mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e ativa participação nas celebrações litúrgicas ” (nº14). Este desejo já havia sido manifestado pelo Papa S. Pio X nos princípios do século passado mas ficou em letra morta. A partir do Vaticano II, o Povo de Deus, tomando consciência dos seus deveres e direitos, começou a participar. Progrediu-se muito. Mas quantos, habituados apenas a estar presentes, não continuam a assistir passivamente aos atos litúrgicos? ***** Diz a Sagrada Escritura : « Cristo é a Cabeça do Corpo que é formado pela sua Igreja ». (C

Que Fé transmitimos?

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Que Boa Nova e que Fé transmitimos, hoje, a quem não está connosco ou, por qualquer razão se afastou? É uma Boa Nova de amor, de dedicação, de serviço aos outros? É uma Fé adulta, amadurecida, esclarecida, comprometida com os outros? Ou é uma Boa Nova gasta, sem fulgor, piedosa, mas que não chega ao coração das pessoas? Ou é uma Fé infantil, de criança, popular, tradicional, fraca, que tanto impele a grandes arroubos de participação em cerimónias e festas, como, igualmente, nos conduz a bruxas, curandeiros e a crenças no exotérico e onde falta o testemunho diário daquilo em que acreditamos? E porque é que isto acontece? Isto é, porque é que os cristãos assim se comportam e agem? Qual a raiz e a causa da necessidade desta nova evangelização? E como chegar ao dia em que a grande maioria das pessoas tenha atingido um razoável estado de consciência do que é ser baptizado? Aí, parece-me, que reside o cerne da “Nova Evangelização e da Transmissão da Fé”. Ora, na minha mode

Fé e Caridade

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Durante o Ângelus, recitado no passado Domingo (11.11.2012) pelo Papa Bento XVI, juntamente com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, e conforme a liturgia da Palavra daquele dia, que se referia: a uma viúva que tinha dado ao profeta Elias o resto da farinha e do óleo que tinha em casa para si e seu filho, e à viúva do Evangelho, que tinha oferecido como esmola as únicas moedas que tinha, o Santo Padre afirmou: « A partir destes dois episódios bíblicos, sabiamente combinados, é possível obter um precioso ensinamento sobre a fé. Essa aparece como a atitude interior daqueles que fundamentam a própria vida em Deus, na sua Palavra, e confia plenamente Nele. A viuvez, na antiguidade, era em si mesma uma situação de grande necessidade. Por isso, na Bíblia, as viúvas e os órfãos são pessoas de quem Deus cuida de modo especial: eles perderam seu apoio terreno, mas Deus continua sendo o Esposo deles, os Pais deles. Todavia, a Escritura diz que a condição efetiva de necessida