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Domingo de Ramos

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É o domingo que abre a Semana Santa e uma das festas cristãs mais populares com duas vertentes: - a bênção e a procissão dos Ramos comemoram a entrada triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém , aclamado por toda a gente de ramos na mão;  na Santa Missa , celebrada logo a seguir, o evangelho da Paixão e Morte de Jesus introduz-nos na segunda vertente: Aquele que é aclamado no cortejo é o mesmo que morre na cruz para nos salvar.  O título desta festa “ Domingo de Ramos na Paixão do Senhor ” coloca-nos diante dos dois aspectos. Tenhamos presente que a bênção dos ramos é secundária em relação à procissão.  Não se pretende colocar nas mãos dos fiéis objectos benzidos para guardar mas para aclamar, com eles, Jesus ao longo da caminhada.  Os ramos só têm sentido para a procissão.  Podemos guardá-los mas unicamente para nos lembrarem que, com eles, aclamamos Jesus como Rei e Senhor. ***** Diz a Sagrada Escritura : « O grupo dos discípulos começou a louvar alegremente a Deus, em alta

O abaixamento de Cristo

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Aprendei a humilhar-vos de verdade, e não apenas na aparência, como aqueles que se humilham de maneira fraudulenta, os hipócritas de que fala o Eclesiástico: « Abaixa-se em humildade fingida aquele cujo coração está cheio de fraude » (Ecli 19,23, Vulgata). « Pelo contrário, aquele que é verdadeiramente humilde », diz o bem-aventurado Bernardo, « não procura ver proclamada a sua humildade, mas passar por desprezível .» Nem a virgindade é agradável a Deus sem humildade, crede no que vos digo. A Virgem Maria não teria sido a Mãe de Deus se restasse nele alguma ponta de orgulho. Grande virtude é esta, pois, sem a qual todas as outras virtudes, longe de poderem existir, rebentam de orgulho. Cristo foi humilhado a ponto de, no seu tempo, nada ter sido considerado mais vil que Ele. Tão grande foi a sua humildade, tão profundo o seu abaixamento, que ninguém era capaz de julgar dele segundo a verdade, ninguém podia acreditar que fosse Deus. Ora, Nosso Senhor e Mestre disse de Si mesmo: «

«Não é só Deus que pode perdoar os pecados?»

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"Ó infeliz Adão! Que querias tu, para além da presença divina? Mas, ingrato, eis que ruminas malfeitorias: « Serei como Deus !» (cf Gn 3,5) Que orgulho intolerável! Acabas de ser feito de barro e de lodo e, na tua insolência, queres ser comparável a Deus? [...] Foi assim que o orgulho engendrou a desobediência, causa da nossa infelicidade. [...] Que humildade poderia compensar tal orgulho? Que obediência de homem poderia redimir semelhante falta? Cativo, como poderia ele libertar um cativo? Impuro, como poderia libertar um impuro? Meu Deus, irá então a vossa criatura perecer? « Ter-se-á Deus esquecido da sua compaixão, ou terá fechado com ira o seu coração? » (Sl 77,10) Oh, não! « Os desígnios que tenho acerca de vós [são] desígnios de prosperidade e não de calamidade », diz o Senhor (Jer 29,11). Apressa-Te então, Senhor: vem depressa! Vê as lágrimas dos pobres. Escuta, « chegue junto de Ti o gemido dos cativos » (Sl 79,11). Que tempo de felicidade, que dia amado e desejad

«Ele [...] seguiu Jesus, glorificando a Deus»

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O nosso Redentor , prevendo que os discípulos ficariam perturbados com a sua Paixão, anuncia-lhes com muita antecedência os sofrimentos da sua Paixão e a glória da sua Ressurreição (Lc 18,31-33); deste modo, vendo-O morrer como lhes anunciara, não duvidariam da sua Ressurreição . Mas, presos ainda à nossa condição carnal, os discípulos não podiam compreender estas palavras que anunciavam o mistério (v. 34). É então que intervém um milagre: diante dos seus olhos, um cego recupera a visão, para que aqueles que eram incapazes de assimilar as palavras do mistério sobrenatural fossem sustentados na sua fé à vista de um ato sobrenatural. Devemos ter um duplo olhar sobre os milagres do nosso Salvador e Mestre : eles são factos, que devemos aceitar como tais, e são signos, que remetem para outra coisa. [...] Assim, no plano da história, não sabemos nada acerca deste cego. Mas sabemos que ele é designado de forma obscura. Este cego é o género humano expulso, na pessoa do seu primeiro

Mas não há inferno?...

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 O Inferno: escola portuguesa da primeira metade do séc. XVI, de mestre desconhecido. (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa) « Claro que há Inferno. Se não houvesse Inferno, Deus não era Deus e o homem não era homem. Porque Deus criou o homem livre, este tem de ter opção de escolha. Porque o homem é livre, tem de poder optar pelo Céu ou pelo Inferno. Se não houvesse Inferno, o homem tinha de ir para o Céu “à força”, quer quisesse quer não. Porque somos livres podemos escolher, podemos optar. (…) O Inferno não é, de certeza absoluta, como nós imaginamos. È uma realidade que a nossa inteligência não pode captar, porque é algo espiritual, ilimitado, eterno, com um sofrimento, uma ausência de Deus, que nós não podemos imaginar nem o devemos fazer. Exactamente como o Céu, que por ser um estado de alegria, de bem-aventurança, de perfeição, de gozo de Deus, nos escapa à imaginação. (…) O Inferno é um estado de separação de Deus, terrível, sofredor, de angústia. Não é um lugar nem