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Quaresma, tempo de conversão

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A nossa caminhada quaresmal não pode contentar-se com formalidades nem como o pouco mais ou menos… há-de atingir-nos no mais profundo de nós mesmos, levar-nos à conversão. Converter-nos é “ morrer com Cristo para com Ele ressuscitarmos ”. A conversão autêntica, por isso, faz doer, implica cortar, deixar, mudar, reformar… o que sempre doer. Se o não faz… é porque ainda “ não pusemos o dedo na chaga ” e ainda continuamos nas formalidades e nos atos exteriores que nada têm a ver com o nosso íntimo. É mais fácil darmos uma esmola, deixarmos de tomar um cálice… do que evitarmos seriamente uma ocasião de pecado, fazer guerra ao egoísmo… Não, nesse caso, a Quaresma ainda não atingiu a raiz da nossa personalidade, nem nos conferirá o direito de tocar as campainhas da Páscoa . Celebrar a Quaresma é vermo-nos ao espelho de Cristo e encararmo-nos à luz das suas exigências. Não nos deixará ficar na superficialidade. ***** Diz a Sagrada Escritura:  « O jejum que me agrada é este

Celebrações Penitenciais no tempo da Quaresma

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Ao longo da Quaresma multiplicam-se as celebrações penitenciais, de todo o género: comunitárias com a acusação e absolvição individuais, preparadas ao longo de encontros e, no dia e hora determinados, cada penitente se aproxima do confessor… Não há Quaresma bem vivida, nem Páscoa , sem a celebração do sacramento da confissão ou reconciliação. Nem católico consciente que o não receba. O pecado desumaniza, é experiência de desordem, de destruição da nossa dignidade, de solidão, de tristeza. Onde Deus não está não existe alegria. Embora humano e universal, para quem tem fé, ele não é o indicador da identidade humana. As experiências do bem e do pecado encontram-se em nós, no nosso íntimo: ou somos bons ou pecadores. Por dom de Deus, porém, estamos chamados a ser, graças à obra salvadora de Cristo, filhos de Deus e irmãos de Jesus… e é no sacramento do perdão, depois de cairmos na situação de pecado, que isso se realiza. ***** Diz a Sagrada Escritura:  « Foi Deus Quem

Quaresma é tempo de penitência e reconciliação

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Quaresma – Tempo de Penitência e Reconciliação A Igreja, na  Liturgia das Horas , reza todas as sextas-feiras do ano o Salmo 50. Ao longo da Quaresma , na Eucaristia , é rezado cinco vezes, quatro das quais nos primeiros dias: “ Tende compaixão de mim, ó Deus… ” Que “compaixão”? Não nos enganemos, não se trata tanto de pedir perdão das nossas faltas mas de um chamamento à conversão: a certeza de um futuro sempre aberto e possível, por mais densas que sejam as sombras que envolvam a nossa vida pessoal e comunitária. Trata-se de um pedido insistente que o Senhor realize o seu projecto salvador e reconciliador em nós e no mundo. E se aproveitássemos este tempo da Quaresma , como a Igreja nos convida, para vivermos plenamente este Salmo, encontrando um padre para celebrarmos a Penitência e a Reconciliação , “ acolhermos o perdão de Deus e dele sermos testemunhas junto dos outros ”? *** Diz a Sagrada Escritura: « Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os peca

A Reconciliação pela Páscoa

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Continua a ter sentido a celebração do sacramento da confissão pela Páscoa .  O caminho quaresmal da purificação e de conversão… leva-nos, naturalmente, à reconciliação com Deus, connosco e com os outros . Este sacramento –  chamemos-lhe: “confissão”, “penitência” ou “reconciliação”  – foi instituído pelo Senhor no dia de Páscoa e é, de facto, o sacramento da Páscoa .  Na tarde desse dia, a Igreja recebeu do seu Senhor a missão de anunciar a Boa Nova da Misericórdia : Jesus soprou sobre os Apóstolos reunidos no cenáculo e disse-lhes: “ Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos ” (Jo 20, 22-23). É bom entrarmos na Páscoa – a passagem com Cristo para a Vida Nova – celebrando com humildade este sacramento que nos leva a morrer para o pecado e a reconciliarmo-nos com Deus, com os outros e connosco… para podermos acolher em nós a Vida do Ressuscitado . ***** Diz a Sagrada Escritura:  « Àquel

Cristo chama todos os homens a abrirem-se ao perdão de Deus

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Cristo chama todos os homens a abrirem-se ao perdão de Deus “Podereis dizer-me: mas a Igreja é formada por pecadores, como vemos todos os dias. É verdade: somos uma Igreja de pecadores; e nós, pecadores, somos chamados a deixar-nos transformar, renovar e santificar por Deus . No decurso da história, houve quem se sentisse tentado a afirmar: a Igreja é apenas a Igreja dos puros, daqueles que são totalmente coerentes; os outros devem ser afastados. Isto não é verdade. É uma heresia! A Igreja , que é santa, não rejeita os pecadores; não afasta nenhum de nós; e não os rejeita porque chama e acolhe todos, está aberta também aos distantes, chama todos a deixarem-se abraçar pela misericórdia, pela ternura e pelo perdão do Pai, que oferece a todos a possibilidade de o encontrar, de caminhar rumo à santidade. […] Na Igreja , o Deus que encontramos não é um Juiz cruel; é como o pai da parábola evangélica (Lc 15,11s). Tu podes ser como o filho que saiu de casa, que tocou no fundo

«Deus é, para nós, um Pai de misericórdia»

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Quantas vezes, ao lermos e reflectirmos sobre a Parábola do Filho Pródigo (Lc.15, 11-32), não nos identificamos com o filho mais novo na atitude de «ruptura» inicial com o Pai, no posterior estilo de vida muito pouco em conformidade com a vontade e o projecto desse mesmo Pai e, finalmente, não reconhecemos na sua atitude final uma atitude semelhante à que também assumimos quando nos aproximamos do Sacramento da Reconciliação para nos encontrarmos, de novo e em ambiente de festa, com Deus-Pai? Ao mesmo tempo, quantas vezes não nos identificamos com a atitude invejosa e cheia de cólera do filho mais velho, ao não aceitar o irmão de volta à casa paterna? No entanto, e apesar do nome dado à parábola, a personagem principal é o PAI, pois são as Suas atitudes e palavras que, de um modo singelo mas marcante, nos revelam todo o Amor e Misericórdia que Deus-Pai tem para com os pecadores. Se reflectirmos com atenção naquela parábola, constatamos que, contrariamente ao que seria de esperar