Mensagens

José, o Justo

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De José, quando se apercebe que sua noiva estava grávida, é-nos dito que era um homem justo e, certamente por isso, renuncia a denunciá-la publicamente como a Lei o determinava.  Ele é um segundo Abraão , um homem justo.  Tem, perante a situação inexplicável de sua esposa, a mesma reação de Abraão diante da esterilidade de sua mulher: acreditar no poder de Deus, pressentir o mistério, esperar a realização da promessa – ela será mãe. A “ justiça ” de José, talvez maior do que a de Abraão, exerce-se antes que tenha recebido uma Palavra Divina em que possa apoiar-se.  E, diante do acontecimento inaudito, só pode contar com as suas forças e coragem.  Mas a sua interioridade permite que a Palavra o trabalhe antes que lhe tenha sido dirigida e o prepare para acolher sem reserva os planos de Deus. Quanto temos a aprender com Ele em tantos momentos que é preciso saber esperar na fé… ***** Diz a Sagrada Escritura: « Não temas, José: Maria dará à luz um Filho e tu Lhe dará

Mensagens para a Quaresma de 2014

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Mensagem do Santo Padre Francisco para a Quaresma de 2014 Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9) Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» ( 2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico? A graça de Cristo Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragil

Um único altar com duas mesas

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O Concílio Vaticano II levou-nos a redescobrir que a Igreja sempre venerou e apreciou a Sagrada Escritura (cfr. DV , 21), e que, na Santa Missa, Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística são de igual importância para a nossa vida cristã. Não basta escutar a Palavra nem viver só de pão, mesmo que este seja a Eucaristia. A Palavra, para ser posta em prática, precisa do Pão que dá força para A levarmos ao concreto da vida. O Verbo é a Palavra que Se fez Carne e Pão da Vida (Jo 6, 48) e nós alimentamo-nos das duas: da Bíblia e da Eucaristia (cfr PO , 18). Daí as duas mesas que, na Eucaristia, se prolongam uma à outra, num único e mesmo altar. Não estão separadas, são lugar privilegiado de encontro com o Senhor que nos fala no ambão, através dos textos proclamados, e a assembleia Lhe fala na outra mesa eucarística através da “ Oração Eucarística ”. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Todos os crentes participavam assiduamente na pregação dos Apóstolos, na celebraçã

A Oração Eucarística

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A oração eucarística é o centro da celebração: do Prefácio até à doxologia ( Por Cristo, com Cristo, em Cristo… ) somos convidados a entrar na grande acção de graças. Embora rezada em voz alta apenas pelo celebrante, diz respeito a todos. São dez as aprovadas e uma com possibilidade de pequenas variantes… também por se rezarem quase sempre as mesmas, recitadas no mesmo tom de voz… acabamos por decorar as palavras… o que pode provocar o risco da diminuição da atenção. Todos temos de procurar compreendê-la melhor e também de escolher aquela que melhor se adapta ao dia. Não é assunto reservado ao celebrante… Os grupos de Liturgia têm uma palavra a dizer. O papel do padre é fundamental: a sua própria maneira de estar, de rezar o texto e o tom da voz, poderão contribuir para que a assembleia entre em acção de graças e na contemplação do mistério que aqui se revela. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Fazei isto em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beb

Gestos que falam

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Foi numa paróquia rural cuja assembleia de domingo parecia composta de pessoas de culturas diferentes… A primeira leitura foi proclamada, de maneira admirável, por um adolescente. Soube depois que fora escolhido de entre os que frequentam a catequese. Ao descer do ambão, colocou-se diante do altar, um bocadinho ao lado, de costas para o povo e esperou. A salmista avançou lentamente, colocou-se ao lado dele e os dois inclinaram-se diante do altar. O primeiro recuperou o seu lugar e ela subiu para o ambão e cantou o Salmo. Salmista e segunda leitora repetiram o mesmo gesto. Tranquilamente, cada um tomou o seu tempo de saudar o altar, sinal da presença de Cristo. Gestos realizados pausadamente, nas celebrações eucarísticas que, naturalmente, introduzem um breve espaço de silêncio, de respiração. Mas, por estas simples atitudes, Cristo é colocado no centro da celebração e a Palavra de Deus atinge outra dimensão… ***** Diz a Sagrada Escritura: « Irmão, peço-vos em nome