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Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma

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Dia de Cinzas Quarta-Feira de Cinzas  abre o  tempo litúrgico da Quaresma  com a bênção e a imposição das cinzas. Celebração importante, muitas paróquias a repetem no Domingo seguinte para dar oportunidade aos crentes cujo trabalho não permitiu que participassem, poderem aprofundar mais o sentido que ela nos lembra: a nossa fragilidade e o chamamento à conversão. Marcados com as cinzas, os cristãos, pessoalmente e em comunidade, entram na caminhada simbólica, no seguimento de Jesus Cristo, para viverem quarenta dias de oração, de jejum e de partilha. Receber as cinzas é, por isso, tomar consciência da nossa condição de pecadores e de querer responder ao convite de Deus: “ Lembra-te que és pó, e em pó te hás-de tornar ” e “ Convertei-vos e acreditai no Evangelho ”. É um gesto antigo. Já no Antigo Testamento se praticava como sinal de penitência/arrependimento e também de grande sofrimento, por exemplo, nos tempos de luto. * * * * * Diz a Sagrada Escritura: « Já é hora de

Quaresma - tempo de partilha

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Partilhar é, juntamente com a oração e a conversão , um dos pilares da Quaresma . O Cardeal francês Etchegaray escreveu: “ Partilhar é o gesto sem calculismo de duas mãos abertas que não sabem se dão ou se recebem ” e “ Não há verdadeira partilha senão na pobreza, como não há verdadeira riqueza senão na partilha ”. Porquê partilhar? A criança responderá “para sermos gentis”, outros dirão “para ajudarmos, sermos úteis e felizes” … ou “porque todos precisamos uns dos outros” … Para nós, cristãos, é tornarmo-nos no que somos: “ Corpo de Cristo ” como S. Paulo escreve (1Cor, 12, 26): “ Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele ”. É bem mais do que dar uma esmola, é “disponibilizar” o que temos: bens materiais, qualidade, tempo, alegria, competências… gestos que revelam o verdadeiro “rosto de Cristo”. (…) ***** Diz a Sagrada Escritura: « Aquele que tiver bens deste mundo, mas não socorrer o seu irmão nec

O sentido profundo da Quaresma

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Começa nesta semana.  Para muitos, a palavra é triste e evoca coisas desagradáveis: jejum, privações… Ter-se-á perdido o sentido profundo da Quaresma ? Como somos convidados a viver esta quadra litúrgica? A  Quaresma  é tempo de conversão, de nos voltarmos mais para Deus, ocasião para mergulhar no evangelho, redescobrir os textos essenciais que testemunha a maneira como as primeiras comunidades cristãs acolheram a Boa Nova proclamada por Jesus Cristo . É por isso tempo de mais oração: pessoal, em grupo, a partir da  Bíblia . Por que não organizar um grupo de oração com os vizinhos? Por que não rezar os textos propostos para a Santa Missa de cada dia? A Quaresma é tempo de jejum, de nos privarmos de certos alimentos e de coisas para partilhar. Privarmo-nos… só tem sentido se é para partilhar. Todos somos chamados a fazer penitência pessoal, cada um à sua maneira e a manifestarmos comunitariamente a nossa conversão. ***** Diz a Sagrada Escritura:  « Convertei-vo

Quaresma, das Cinzas à Páscoa

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Quarta-feira de Cinzas  (...) marca a entrada oficial na  Quaresma  e no  ciclo da Páscoa .  Na celebração litúrgica são impostas as cinzas, normalmente obtidas dos ramos do ano passado, guardados para este rito. O povo hebreu, do Antigo Testamento , nas celebrações penitenciais, cobria a cabeça de cinzas e revestia-se de saco (Jer.6, 26; Jon.3, 5-9; Mt.11, 21).  Embora, nos começos, este rito não fosse directamente associado ao início da Quaresma , desde muito cedo – anos 300 – algumas igrejas locais o integraram na penitência pública àqueles que caíam nos chamados “pecados capitais” e pediam a readmissão na comunidade: apostasia, heresia, assassinato, adultérios…  Aqueles que reconheciam terem praticado esses pecados eram colocados no lugar reservado aos penitentes… e aí se preparavam para receberem a absolvição em  Quinta-feira Santa . Ainda hoje a Quaresma pretende preparar-nos para celebrarmos com o verdadeiro espírito a Páscoa do Senhor. ***** Dia a Sagrada Esc

Mandamentos de Serenidade - Papa São João XXIII

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Mandamentos de Serenidade 1.- Hoje, apenas hoje… procurarei viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver os problemas da minha vida, todos de uma vez. 2.- Hoje, apenas hoje… terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras; não criticar ninguém; não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém, senão a mim mesmo. 3.- Hoje, apenas hoje… me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só na vida eterna, mas também neste mundo. 4.- Hoje, apenas hoje… me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos. 5.- Hoje, apenas hoje… dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma. 6.- Hoje, apenas hoje… praticarei uma boa acção sem contá-la a ninguém. 7.- Hoje, apenas hoje… farei uma coisa que não gosto e,

O Nascimento de Jesus

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Natividade (c. 1650-60). Josefa de Óbidos (1630 –1684). Óleo sobre cobre. (21 x 16 cm). Colecção particular, Porto. Depois da Páscoa , a “ Igreja tem como mais venerável a celebração do nascimento do Senhor e as suas primeiras manifestações: é o que faz no tempo de Natal ”.  Preparado pelas quatro semanas do Advento e prolongado até ao Batismo do Senhor, celebramo-lo a 25 de Dezembro. Foi no séc. IV que em Roma se começou a celebrar o Natal do Senhor substituindo a festa pagã do “ sol invicto ” que começava a vencer o inverno e a noite.  Jesus Cristo , Sol que vem das alturas, substituiu essa festa pagã. A escolha dessa data poderia também estar relacionada com o espaço dos nove meses entre ela e o dia 25 de Março, dia que coincidia, segundo a tradição, com o começo do mundo, a concepção de Jesus e a sua morte. Mais que um aniversário, o Natal celebra o nascimento do Filho de Deus que, no “ hoje da salvação ”, se faz Deus connosco. ***** Diz a Sagrada Escritura: « O Ver

A Coroa do Advento

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Sugerimos a leitura de uma artigo do Dr. Carlos Gomes, intitulado " A Coroa do Advento " «A Coroa do Advento constitui um dos símbolos da época do Natal a anunciar o nascimento do Messias.  Nos domingos do Advento, considerado o primeiro tempo do Ano Litúrgico correspondendo às quatro semanas que antecedem o Natal, as quais surgem representadas nas quatro velas.  A família reúne-se à sua volta para rezar e celebrar.» Ler+