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A Quarta-Feira de Cinzas marca o início da Quaresma

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A Quarta-Feira de Cinzas marca o início da Quaresma. Este tempo litúrgico, que hoje começa de preparação para a Páscoa da Ressurreição do Senhor , deve ser vivido como um tempo de retiro espiritual e deve ser simultaneamente comunitário e individual . Comunitário , porque é feito em conjunto com toda a Igreja, a grande comunidade dos crentes na qual estamos inseridos; e deve ser também individual , isto é, ser vivido ao nível da relação pessoal de cada um com Deus. O tempo quaresmal , tempo de retiro, deve levantar-nos desde o início algumas questões: - Até que ponto estamos ou não a permitir que a Palavra de Deus ilumine a vida cristã de cada um de nós? - Até que ponto o facto de Jesus Cristo ter dado a sua vida por mim, influencia a minha relação com os irmãos, com o meu próximo, ao nível da entreajuda ou do perdão das ofensas, por exemplo? - Até que ponto a certeza da Ressurreição me leva, desde já, a procurar uma maior intimidade com Jesus Cristo, morto e Ressuscitad

Mensagem para a Quaresma de 2024 – Quaresma: caminho de conversão, caminho para a liberdade

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Quaresma: caminho de conversão, caminho para a liberdade O tempo da Quaresma é um tempo de graça para o cristão e um tempo favorável para a humanidade. Logo no primeiro dia, em quarta-feira de cinzas, escutamos, no texto do profeta Joel, o apelo de Deus: «Convertei-vos a Mim de todo o coração». Estas palavras ecoam hoje como um convite a fazer um caminho de mudança de vida, de autêntica libertação. A decisão pessoal de mudança parte da consciência de que há tantas coisas no nosso quotidiano que não nos deixam ser plenamente nós próprios e realizar o bem que está ao nosso alcance. Este primeiro passo permite-nos reconhecer aquilo a que estamos presos, o que nos condiciona ou domina. Para iniciar um caminho novo é preciso aceitar que se pode estar demasiado preso a coisas como o dinheiro, o ecran, o jogo, o álcool ou outras dependências. Iniciar um caminho novo supõe reconhecer que há ídolos que alimentam ilusões mas comprometem a nossa liberdade e obscurecem o futuro. Como suger

Mensagem do Santo Padre Francisco para a Quaresma de 2024

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Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade Queridos irmãos e irmãs! Quando o nosso Deus Se revela, comunica liberdade: « Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egipto, da casa da servidão » ( Ex  20, 2). Assim inicia o Decálogo dado a Moisés no Monte Sinai. O povo sabe bem de que êxodo Deus está a falar: traz ainda gravada na sua carne a experiência da escravidão. Recebe as «dez palavras» no deserto como caminho de liberdade. Nós chamamos-lhes «mandamentos», fazendo ressaltar a força amorosa com que Deus educa o seu povo; mas, de facto, a chamada para a liberdade constitui um vigoroso apelo. Não se reduz a um mero acontecimento, mas amadurece ao longo dum caminho. Como Israel no deserto tinha ainda dentro de si o Egito (vemo-lo muitas vezes lamentar a falta do passado e murmurar contra o céu e contra Moisés), também hoje o povo de Deus traz dentro de si vínculos opressivos que deve optar por abandonar. Damo-nos conta disto, quando nos falta a esperança e v

D. António Augusto Azevedo - Mensagem de Natal 2023

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Mensagem de Natal – O encanto do rosto humano de Deus Cada Natal está cheio da novidade de Deus. A novidade maior é a revelação do rosto humano de Deus que se manifesta em Jesus nascido em Belém. Por isso, sem desvalorizar as tradições desta quadra, apontemos o olhar e abramos o coração àquele que é o centro desta festa, Jesus, o Filho de Deus feito homem. O Natal tem um rosto concreto e real: o rosto de Jesus que se apresenta no presépio. O quadro do menino acompanhado por Maria e José, rodeado por simpáticos animais, visitado por anónimos pastores e curiosos magos, não pode deixar de nos encantar. A simplicidade do divino presente no humano é sempre capaz de suscitar grande atração e fascínio. A tradição do presépio, criada por São Francisco de Assis há oito séculos, é das que melhor traduz o espírito do Natal. Ele ajuda-nos a reconhecer o contexto concreto que rodeou o nascimento de Jesus. Os presépios feitos em igrejas ou em nossas casas, em locais públicos das cidades, vilas

São Dâmaso, Papa, +384 - 11 de dezembro

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         São Dâmaso , um grande Papa da Igreja, ocupou a Sé de Roma de 366 a 384. Era muito provavelmente originário da Península Ibérica. Foi eleito Papa a 1 de Outubro de 366. Não foi fácil a sua escolha nesse período conturbado da Igreja. No tempo do seu pontificado era bispo de Milão o grande santo Ambrósio . São Dâmaso teve que enfrentar o cisma causado por um antipapa; embora não fosse este o único problema para ele já que teve de combater o Arianismo que negava a consubstancialidade de Cristo com o Pai. O Imperador Teodósio encontrou nele um Papa que afirmou sempre, com serena firmeza, a “ autoridade da Sé Apostólica ”. Dâmaso fez tudo pela unidade da Igreja e para deixar claro o Primado do Papa segundo a ordem expressa de Cristo “ e eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela ”(Mt16,18). São Dâmaso esteve no II Concilio Ecuménico onde foi declarado a definição dogmática sobre a Divi

Santo Ambrósio, Bispo, Doutor da Igreja +397 - 7 de dezembro

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Nascido em Trier, na Alemanha, no ano de 340, Santo Ambrósio provinha de uma antiga família convertida ao Cristianismo . Santo Ambrósio era o filho mais novo do prefeito do pretório das Gálias. Após a morte do pai, a família mudou-se para Roma, onde Santo Ambrósio estudou grego e respetiva literatura grega, e ainda completou os seus conhecimentos pelo estudo e pela prática do Direito. Distinguiu-se rapidamente pela sua eloquência e habilidade com que defendia as suas causas na corte do prefeito do pretório da Itália, que mais tarde lhe conseguiu a nomeação de cônsul governador da província da Ligúria-Emília, com residência em Milão. O prefeito despediu-se de Santo Ambrósio com as proféticas palavras " Vai, e tem uma conduta não de juiz, mas de bispo ". Santo Ambrósio foi muito estimado pelos seus súbditos pelo trabalho que realizou sobretudo em Milão que se encontrava num estado de caos religioso provocado, sobretudo, pelas intrigas da fação ariana . Com a mor

«Dos Santos aos Fiéis Defuntos»

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«A proximidade destes dois dias do princípio de Novembro , respetivamente o dia 1 e 2 deste mês, levou a que frequentemente se imagine que se trata de uma única celebração em dois dias consecutivos.  No entanto, não é assim, embora cada um destes dois dias tenha muito de comum, que é a celebração do mistério da vida para além da morte e a esperança de nela tomarmos parte, como membros do mesmo e único Corpo de Cristo. Os Santos sempre foram celebrados desde o princípio do Cristianismo , particularmente os Mártires .  As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os Santos, quer no contexto feliz do tempo pascal quer na semana imediatamente a seguir.  Os santos - com destaque para os mártires - são, de facto, modelo sublime de participação no mistério pascal.(...)» Ler artigo na íntegra Imagem Sugestões: Solenidade de Todos os Santos - 1 de novembro Paróquia, o que é? O nosso Deus É Trindade

Solenidade de Todos os Santos - 1 de novembro

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Solenidade de Todos os Santos No dia 1º de novembro a Igreja celebra a Festa de Todos os Santos . Segundo a tradição, foi estabelecida neste dia, logo após 31 de outubro, porque os celtas ingleses (pagãos) celebravam as bruxas e os espíritos que se vinham alimentar e assustar as pessoas nesta noite (Halloween). Neste dia, a Igreja militante (que luta na Terra) honra a Igreja triunfante do Céu, “ celebrando, numa única solenidade, todos os Santos ” – como diz o sacerdote na oração da Missa – para render homenagem àquela multidão de santos que povoam o Reino dos Céus, que São João viu no Apocalipse: “ Ouvi, então, o número dos assinalados: 144 mil assinalados, de toda a tribo dos filhos de Israel. Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão ”. “ Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e alvejaram-nas n

A ignorância dos que não se convertem

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Naquele tempo, disse Jesus à multidão: « A quem hei-de comparar os homens desta geração? Com quem se parecem? Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo: "Tocámos flauta para vós, e não dançastes! Entoámos lamentações, e não chorastes!" Porque veio João Batista, que não comia nem bebia vinho, e vós dizeis: "Tem o demónio com ele". Veio o Filho do homem, que come e bebe, e vós dizeis: "É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores". Mas a Sabedoria é justificada por todos os seus filhos ». (Lc 7,31-35) ***** A ignorância dos que não se convertem “Diz o apóstolo [ Paulo ] que alguns mostram que não conhecem a Deus (cf 1Cor 15,34). Por mim, acrescento que não conhecem a Deus todos os que não querem converter-se a Ele, uma vez que O rejeitam unicamente porque fazem daquele que é só ternura um Deus solene e severo, daquele que é só misericórdia um Deus duro e implacável, daquele que só quer

Mateus, de publicano a evangelista

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"Mateus  é um dos apóstolos, homem decidido e generoso desde o primeiro momento da sua vocação. É também evangelista, o primeiro que por inspiração divina pôs por escrito a mensagem messiânica de  Jesus . Foi ainda fervoroso pregador da boa nova, que veio a selar com o seu sangue, como testemunha da verdade e divindade de Cristo. Mateus foi judeu, como indica o nome de seu pai,  Alfeu , e mesmo o seu, que na nossa língua é o mesmo que « dom de Deus ». Exercia em  Cafarnaum , lugar fronteiriço e porto de grande movimento, o ofício de cobrador dos direitos de portagem, como chefe subalterno, ao serviço de  Herodes Antipas . Um dia em que Jesus saía da cidade de Cafarnaum em direcção ao lago, fixou-se em Mateus, sentado no seu mocho diante da mesa da contribuição. Foi um fixar-se próprio de  Jesus ; olhou para ele com atenção e sobretudo com amor. O olhar equivalia já a um convite carinhoso. Seguiu-se logo a palavra, que fala ao ouvido e ao coração: « Mateus, segue-me ». Não foi prec