Um presépio hoje
Presépio do convento do Santíssimo Coração de Jesus (hoje na Basílica da Estrela) Maquineta Adoração dos Reis Magos Joaquim Machado de Castro (1731-1822) Século XVIII, 1782-1784 Um presépio não pode limitar-se a critérios artísticos fixos, antes, pela sua universalidade e simbolismo, há-de aceitar inovações que possam atualizar o mistério antigo e sempre novo. O que aconteceu há dois mil anos, acontece hoje: crianças que nascem na maior pobreza, pastores beneméritos que as acolhem, governantes que preferem eliminar os não desejados, famílias obrigadas a emigrar à procura de melhores condições, estrangeiros que acolhem… a história do Natal de Jesus é sempre atual. Porque não fazer um presépio contemporâneo? A gruta debaixo de uma ponte, pode recordar que Jesus foi um “sem teto”, um barco carregado de migrantes que procuram a Europa ou multidões a fugirem às guerras ou á estiagem, corresponde bem à fuga para o Egito… Atualizar os relatos do Nascimento de Cristo faz-nos tomar consc