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Oração para depois da Comunhão

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Igreja, Casa de Deus?

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O caso daquela mãe que levava frequentemente seu filhinho às igrejas: “Vamos ver a casa de Jesus” e um dia escutou: “Mamã, Jesus é muito rico, tem casas em toda a parte…”, não será o de muitas, mesmo de muitos cristãos? Será correto definir igreja como “casa de Deus”? Era essa a concepção das religiões pagãs – morada de Deus. Os judeus procuraram sempre ficar nessa ideia que os profetas acerrimamente sempre combateram: está no templo, cá fora não nos vê. Jesus foi claro (e igualmente os primeiros cristãos): “O Altíssimo não habita em moradas feitas pelos homens”. A igreja cristã é sinal da presença de Deus porque nela, no edifício, se reúnem os cristãos que são o Corpo de Cristo, a Igreja. Deus não precisa de casas, nós precisamos para nos reunirmos. Não confundamos Igreja com casas da Igreja. ***** Diz a Sagrada Escritura: « O Deus, Senhor do céu e da terra, não habita em santuários construídos pelas mãos dos homens.» (Act. 17, 24) ***** Quando se fala em Igreja,

Os primeiros educadores

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Uma boa educação exige um bom precetor para cada criança, dizia conhecido pensador francês. Deus, porém, disse melhor, fez mais e melhor, pois a natureza dá a cada jovem, desde o seu nascimento, dois mestres: seu pai e sua mãe. Os primeiros educadores são os pais. Não são os únicos, mas continuam insubstituíveis devido aos laços de sangue e, sobretudo, à conivência do amor. Nem Estado nem ninguém pode esquecer isto. Durante a vida, muitos acontecimentos podem surgir, portadores de alegria ou de sofrimento, um fato, porém, permanece: cada criança possui uma só mãe e um só pai e é confiada por Deus aos dois ao mesmo tempo. Ao longo de dezoito anos, têm direitos sobre ela. Por isso, devem amar e amar-se para permitir às crianças tornarem-se adultas. Não escolhemos os pais mas nenhuma máquina inventará o sorriso de uma mãe, nem computador algum repetirá a voz reconfortante de um pai. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Se alguém não cuidar dos seus, e principalmente dos de s

O impacto do Cristianismo

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O Cristianismo fez entrar no Império Romano uma nova conceção de vida; introduziu outras bases à vida e à morte, à família e à pessoa, à propriedade, aos filhos, ao sexo e ao próprio Estado, numa palavra, introduziu novos valores ou com outras bases. Apesar das resistências e perseguições… o cristianismo modificou aquela sociedade: as pessoas tornaram-se iguais e solidárias, a vida é olhada como passagem e a morte como nascimento para a eternidade, a propriedade adquire a dimensão de serviço, a família torna-se estável e os filhos uma bênção de Deus, o sexo torna-se sagrado, o Estado deixa de ser divinizado… Tudo isto é consequência de algo mais profundo: mundo limitado criado por Deus infinito que, diante da situação da humanidade, não hesita em enviar o seu Filho à terra para nos salvar. O sangue dos perseguidos tornou-se semente de cristãos e o Império Romano, pagão, tornou-se cristão… Mas hoje, parece querer, em tantos aspetos, regressar ao paganismo. ***** Diz a Sagr

Tempo Comum

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Terminado o Tempo Pascal voltamos de novo ao chamado Tempo Comum, o período mais extenso do ano litúrgico, 33 a 34 semanas. No Advento e Natal celebramos a Incarnação do Senhor, na Quaresma e Páscoa , a sua Morte e Ressurreição, a redenção. Neste Tempo celebramos todo o mistério do Senhor, desde a Incarnação até à sua vinda definitiva no fim dos tempos. Chamamos-lhe “ Comum ” não porque seja menos importante, pelo contrário, tem todos os elementos para ser celebrado e vivido como importante para a vida cristã: abundância e diversidade de leituras bíblicas e orações… É o Domingo que ocupa o lugar de destaque. Caracteriza-se pela cor verde dos paramentos nas celebrações, a cor da esperança, da natureza, da vida que floresce. É também o que nos responsabiliza na missão: levar, pelo nosso testemunho, apostolado, acolhimento de quem precisa… a Boa Nova a toda a parte. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Deus predestinou-nos a ser semelhantes a Seu Filho para que Ele fosse o p

A Trindade

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Perante o mistério dos mistérios, a inteligência humana vacila. Os cristãos sempre procuraram compreender a grande novidade que Jesus Cristo nos revelou: um Deus único, ao mesmo tempo, Pai, Filho e Espírito Santo. Mas, como em tantos casos, aquilo que a inteligência humana não atinge, consegue-o o amor. Conscientes ou não, é esta verdade da nossa fé que nos faz viver. Jesus convida-nos a nela participarmos como num festim de amor pois cada um de nós tem o seu lugar na comunhão divina. Quando procuramos encontrar Deus na intimidade da oração, celebramos em Igreja a alegria de sermos amados pelo Senhor ou escutamos a sua Palavra para a praticar, tentamos amar como Cristo amou, a vida trinitária cresce em nós. Fomos feitos para a vida trinitária. Quando pelo Espírito Santo nos deixamos abrir a esta realidade, atingimos a grandeza própria das criaturas humanas e a dignidade dos filhos de Deus. ***** Diz a Sagrada Escritura: « E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos coraç

Intenções do Papa - Julho 2012

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Geral: A fim de de todos possam ter um trabalho e desempenhá-lo em condições de estabilidade e segurança. Missionária: Para que os voluntários cristãos, presentes nos territórios de missão, saibam dar testemunho da caridade de Jesus Cristo.

Pentecostes

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Mais que uma Pessoa, no Pentecostes – cinquenta dias depois da Páscoa – celebramos um acontecimento que faz tomar consciência da presença do Espírito de Deus no mundo, muda as relações entre Deus e os homens, leva à plenitude a Páscoa de Jesus, completa pelo Espírito Santo a sua obra redentora. A partir do Pentecostes, os Apóstolos leram a Sagrada Escritura e a própria vida de Jesus com outros olhos.  “ Jesus que vós matastes, Deus ressuscitou-O e nós somos testemunhas. Ele nos envia a anunciar a Boa Nova ao mundo inteiro até ao fim dos tempos. ”  E aqueles homens que, dias antes, negaram e traíram Jesus, O abandonaram cobardemente e se esconderam com medo… nunca mais tremeriam diante de um tribunal humano. E este Espírito que transformou os Apóstolos está presente no mundo, na Igreja. A Igreja comunica-O pelos Sacramentos , nomeadamente pelo Batismo e Confirmação .  Que fazemos nós desta Presença? ***** Diz a Sagrada Escritura: « Ninguém pode dizer ‘Jesus é o Senhor?

A consciência dos Jovens quanto à sua missão na Igreja

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(Este texto foi elaborado no âmbito das Jornadas Diocesanas da Juventude, realizadas no 10 de Junho de 1998, no Colégio Salesiano de Poiares - Régua, e promovidas pelo Secretariado Diocesano da Juventude de Vila Real, e que agora partilho, particularmente, com os jovens visitantes deste blogue.) Introdução Fundada por vontade expressa de Jesus Cristo (1) , a Igreja inicia a sua actividade de anúncio do Evangelho, cresce, fortalece-se e renova-se constantemente pela força operante e consoladora do Espírito Santo, enviado pelo mesmo Jesus Ressuscitado que antes O havia prometido: « Quando vier o Paráclito, que vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da Verdade, que vem do Pai, ele dará testemunho de mim. » (Jo.15,26). Esta Igreja, « comunidade de fé, esperança e caridade, (...) que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica » (LG,8) é constituída por todos os que « fomos baptizados no mesmo Espírito, para formarmos um só corpo » (1 Cor.12, 13), pois « assim como

A propósito das Bem-aventuranças

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Ao lermos, na Sagrada Escritura, as Bem-aventuranças , facilmente podemos verificar que nesse Seu discurso Jesus anuncia o Reino de Deus como um tempo de felicidade , bem como apresenta as disposições interiores necessárias para quem quiser acolher e viver o Reino de Deus. Elas são, realmente, o programa de vida de Jesus, o resumo da Sua Boa Nova. E se em determinados momentos, Jesus faz exigências, para alguns terríveis, tais como: abandonar tudo e segui-Lo , o que Jesus propõe nas Bem-aventuranças não é uma renúncia, mas a felicidade total: « Felizes... !». As Bem-aventuranças e todos os ensinamentos de Jesus que as desenvolvem podem, assim, ser consideradas para todos os cristãos, como um « programa de acção na sua vida concreta política, social, económica, familiar ...» A nona e última Bem-aventurança surge como algo verdadeiramente novo, pois passa-se da « perseguição por causa da justiça » para a « perseguição por causa de Mim », por causa de Jesus. No Antigo Testament