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A mostrar mensagens de julho, 2011

Os Salmos

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Os SALMOS O livro dos Salmos é o único livro da Bíblia inteiramente feito de orações. Compilados, sobretudo, entre o VIII e o II século antes de Cristo, no povo de Israel, destinavam-se à oração da comunidade para as peregrinações a Jerusalém, as celebrações do Templo e na sinagoga e uso particular. Poemas inspirados por deus, compostos segundo as regras da poesia hebraica, normalmente cantados e acompanhados de instrumentos musicais, apresentam-nos louvores, súplicas nas aflições, pedidos de perdão, acções de graças… Contam a vida das pessoas e revelam-nos Deus vivo que se manifesta, nos fala e a Quem falamos. Jesus os rezou, os apóstolos, à sua luz, releram a vida de Cristo e descobriram a missão de Messias. Hoje, constituem a base da oração oficial da Igreja e muitos fazem deles oração diária. É o livro do Velho Testamento mais citado no Novo. Verdadeira escola de oração, podem alimentar a nossa vida de fé. ***** Diz a Sagrada Escritura : « O Senhor é meu Pastor, nada me falta. E

Festas dos Santos

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Festas dos Santos Noutros tempos o calendário litúrgico honrava, em cada dia, um santo: restando poucos dias livres para as festas cristãs fundamentais. O Concílio Vaticano II reformou esse calendário para que “ os mistérios da salvação possam ser celebrados devidamente e na totalidade (…) com o lugar que lhe convém, a preferência sobre as festas dos santos ”. A Igreja universal celebra apenas aqueles santos cuja vida é portadora de sentido para todos; sendo os outros festejados nas regiões ou comunidades a que pertencem. Cada paróquia ou aldeia tem o seu santo padroeiro. Sempre foram honrados com festividades públicas: Santa Missa e procissão, banquetes, divertimentos… Ainda hoje reúnem para a eucaristia e procissão alguns cristãos praticantes habituais e ocasionais, felizes de se encontrarem para evocar lembranças comuns e afirmar sentimentos de pertença. Mas, para a maioria, o importante da festa é o “arraial” animado por conjuntos barulhentos, atrevidos, e, no geral, de valor ar

Todos iguais

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Todos iguais É frequente encontrarmos cristãos que não se consideram parte responsável na Igreja. Se é verdade que o Papa e os Bispos constituem a Igreja docente, nem por isso os outros são menos responsáveis. Concepção errada a dos cristãos que, ao falarem da Igreja, não se consideram pertencer-lhe ou como se existissem diversas categorias de cristãos, como alguém escreveu, os que alinham na primeira divisão – os bispos, os da segunda – os padres e os da terceira – os leigos, e até na regional – seriam as mulheres… De maneira nenhuma! Todos os baptizados formam a Igreja, iguais em dignidade mas com funções diferentes. Não há supercristãos e minicristãos. O Concílio Vaticano II fala da igualdade dos membros da Igreja: “ comum a dignidade dos membros, comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição. Nenhuma a desigualdade entre cristãos… ” E porquê? Porque todos recebemos o mesmo baptismo. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Todos nós, embora sejamos muitos, formamos um só

Mas não há inferno?...

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 O Inferno: escola portuguesa da primeira metade do séc. XVI, de mestre desconhecido. (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa) « Claro que há Inferno. Se não houvesse Inferno, Deus não era Deus e o homem não era homem. Porque Deus criou o homem livre, este tem de ter opção de escolha. Porque o homem é livre, tem de poder optar pelo Céu ou pelo Inferno. Se não houvesse Inferno, o homem tinha de ir para o Céu “à força”, quer quisesse quer não. Porque somos livres podemos escolher, podemos optar. (…) O Inferno não é, de certeza absoluta, como nós imaginamos. È uma realidade que a nossa inteligência não pode captar, porque é algo espiritual, ilimitado, eterno, com um sofrimento, uma ausência de Deus, que nós não podemos imaginar nem o devemos fazer. Exactamente como o Céu, que por ser um estado de alegria, de bem-aventurança, de perfeição, de gozo de Deus, nos escapa à imaginação. (…) O Inferno é um estado de separação de Deus, terrível, sofredor, de angústia. Não é um lugar nem

Quanto custa o pôr-do-sol?

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Na primeira página do boletim “ Cavaleiro da Imaculada ” (Julho 2011), propriedade da Província Portuguesa da Sociedade Salesiana, foi publicado um artigo intitulado “ Quanto custa o pôr-do-sol? ”. Transcrevo os primeiros parágrafos: « Nesta sociedade consumista e materialista, onde só se fala de finanças, não haverá lugar para valores que não têm preço? Um jovem empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao seu filho a beleza do pôr-do-sol nas colinas próximas do Vaticano. Antes de seguirem para o miradouro, o filho perguntou-lhe: - Pai, onde se paga? Esta pergunta revela como esta sociedade está alicerçada sobre o dinheiro. Nela tudo se compra e vende. Parece não haver lugar para a gratuidade, para a contemplação gratuita da beleza que pode ser, por exemplo, o pôr-do-sol .(…)» Curiosamente, e talvez por “ironia do destino”, logo a seguir a ter lido este texto, recebi um email que dizia o seguinte: « Campanha publicitária do Citibank espalhada pela cidade de São P

Intenções do Papa para o mês de Julho de 2011

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Geral: Para que os cristãos contribuam para aliviar, de maneira especial nos países mais pobres, o sofrimento material e espiritual dos doentes de SIDA. Missionária: A fim de que as religiosas que trabalham nos territórios de missão sejam testemunhas da alegria do Evangelho e sinal vivo do amor de Cristo.

A Refeição do Senhor

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A Refeição do Senhor Instituição da Eucaristia Cristãos, ou simplesmente interessados em conhecer a fé dos cristãos, todos somos chamados a reflectir neste sacramento – a Eucaristia – pelo qual o Senhor mantém a sua presença na Igreja. A Eucaristia não pode fechar-se numa definição dogmática. Ao longo dos primeiros séculos privilegiaram-se ora este ora aquele aspecto, diferentes: refeição do Senhor, sacrifício de Cristo, Páscoa do Senhor, fracção do Pão… e sucederam-se também modos de celebração com certas diferenças. A sensibilidade particular em favor deste aspecto ou daquele rito, por vezes exagerada, deu origem a divisões entre aqueles que celebravam o mesmo sacramento da unidade. A Eucaristia , não o esqueçamos, não se ensina nem se aprende nos livros mas revela-se àqueles que, de facto, a querem viver constantemente e não apenas num dia ou noutro. Para que ela possa fazer brotar em nós o mundo novo que anuncia, bem precisamos de tempo, a nossa vida não é demasiada para