Passeio-convívio anual dos Acólitos de Constantim


No passado dia 18 de agosto, os elementos do Grupo de Acólitos de Constantim, acompanhados pelo seu pároco, Pe. Ricardo Pinto, realizaram o seu passeio-convívio anual. Desta vez, cumpriram um itinerário pela região do Douro Litoral, tendo visitado o Mosteiro de S. Martinho de Caramos, o Mosteiro de Pombeiro e o Mosteiro de São Bento de Singeverga.

O motivo principal da visita ao Mosteiro de Caramos (Felgueiras, diocese do Porto), está intimamente ligada ao facto de Frutuoso Gonçalves (S. Frutuoso de Constantim), nascido (c. de 1070) e falecido em Constantim (10.11.1162), ter iniciado a sua vida monástica sob a regra de Santo Agostinho no Mosteiro de Caramos em 28.08.1090, e ter sido eleito canonicamente seu Prior, confirmado a 18.01.1124 pelo arcebispo de Braga, D. Payo Mendez. Após seis anos de priorado a orientar a sua comunidade, pediu renúncia do cargo e partiu para visitar os lugares santos de Jerusalém.

Tendo regressado para junto dos seus irmãos no mosteiro de Caramos, D. Frutuoso Gonçalves aí se encontrava em 1154, data em que foi feita a doação do padroado da igreja de Constantim ao mosteiro de S. Martinho de Caramos por D. Afonso Henriques, e em que, por proposta do Prior seu sucessor, D. Mendo Pirez, o arcebispo D. João Peculiar o nomeou para abade da Igreja de Constantim, onde tinha nascido, e onde veio a falecer. Nas suas exéquias, estiveram presentes todos os frades da comunidade de S. Martinho de Caramos com o arcebispo de Braga, D. João Peculiar. Foi sepultado em sepultura rasa, conforme seu pedido, em frente do altar por si dedicado a S. Frutuoso de Braga.

A Santa Cabeça, venerada, há centenas de anos em Constantim, por reis, bispos e gentes do povo, não é mais do que a parte superior do crânio de S. Frutuoso Gonçalves, principal relíquia deixada para ser tocada pelos fiéis, após ter sido feita e exumação do corpo de Frutuoso Gonçalves, em 1216, pelo arcebispo de Braga, D. Estêvão Soares, e este ter verificado que, após quarenta e quatro anos enterrado, o corpo ainda estava “alvo e corado e despedia um cheio suavíssimo”. Face a tal descoberta, e porque a fama de santidade do Abade de Constantim não parava, o arcebispo de Braga aprova-o como “santo varão”.


Durante este dia, foram, ainda, visitados o Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, localizado na freguesia de Pombeiro de Ribavizela (Felgueiras), fundado cerca do ano de 1059, e o Mosteiro de São Bento de Singeverga, da ordem religiosa beneditina, situado na freguesia de Roriz, concelho de Santo Tirso, e fundado a 25 de Janeiro de 1892.

Foi um dia muito bem passado. Por tudo quanto vimos e aprendemos, e, particularmente, pelas pessoas com quem contactamos, damos graças a Deus. Um agradecimento particular ao Rev.mo Senhor Pe André Ferreira, Pároco de Macieira da Lixa, Moure, Pinheiro e Refontoura, por toda a colaboração, por nos ter acompanhado na visita aos Mosteiros de Caramos e de Pombeiro, e, também, pelo almoço que nos proporcionou.

O Grupo de Acólitos de Constantim

Nota: as informações sobre São Frutuoso foram retiradas da obra de Joaquim Barros Ferreira, intitulada “Constantim de Panóias, Identificação de uma Vila”.


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