A trave e o argueiro

 

A trave e o argueiro

“Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova?

O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre.

Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua?

Como podes dizer a teu irmão: "Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista", se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão.” (Lc 6,39-42)

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A trave e o argueiro

Nesta passagem, o Senhor previne-nos contra os juízos temerários e injustos, pois pretende que ajamos com um coração simples, olhando sempre só para Deus. Dado que ignoramos os motivos de muitas ações, seria temerário da nossa parte julgá-las.

Os mais dispostos a fazer juízos temerários e a condenar os outros são aqueles que preferem condená-los a corrigi-los e conduzi-los ao bem, uma atitude que denota orgulho e mesquinhez. [...]

Por exemplo, um homem peca por cólera, e tu repreende-lo com ódio. Ora, entre a cólera e o ódio vai a mesma distância que separa a trave do argueiro.

O ódio é uma cólera inveterada que, com o tempo, assumiu proporções tais que bem merece o nome de trave.

Pode acontecer que te encolerizes quando pretendias corrigir, mas não deves nunca deixar-te levar pelo ódio. [...] Afasta primeiro o ódio para longe de ti, e poderás depois corrigir aquele que amas.

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja | Explicação do Sermão da Montanha, 19, 63 | Imagem

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Santo Agostinho nasceu a 13 de novembro de 354 d.C., em Tagaste, na Numídia e faleceu a 28 de agosto de 430 d.C., em Hipona - Annaba, na Argélia.

A mãe é cristã (Santa Mónica), e faz que o filho seja aceite entre os catecúmenos.

Durante os anos estudantis, caracterizados exteriormente por uma vida dissoluta, Agostinho consegue aprofundar, graças a dotes extraordinários, o acervo tradicional das culturas antiga e cristã. Na sua busca da verdade, ele toma partido pelos maniqueus em 375.

Chega a Roma em 383 como mestre de retórica e, um ano depois, obtém uma cátedra em Milão. Nesta cidade sobrevém a sua conversão sob a influência do neoplatonismo, dos ensinamentos de Santo Ambrósio e das epístolas de São Paulo, facto que ele interpreta como um acto de misericórdia divina. Ler+

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