«Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.»
Vigiai!
"Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vigiai,
porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Compreendei isto: se o dono da casa soubesse
a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar
a sua casa.
Por isso, estai vós também preparados, porque
na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem."
(Mt. 24, 42-44)
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Vigiemos!
“Estai
atentos às minhas palavras e prestai atenção aos meus humildes discursos; a
todos vós brado, a todos vós exorto: «Elevai-vos
a Deus, desfazei-vos do apego às vossas paixões!».
Eis o que
vos diz o profeta: «Vinde, subamos à
montanha do Senhor e à casa do Deus de Jacob» (Is 2,3), a casa da
impassibilidade, e contemplemos com os olhos do intelecto a alegria que nos
está reservada pelas promessas celestes.
Meus
filhos bem-amados, congregai o vosso ardor, tomai asas de fogo como as pombas,
conforme está escrito, levantai voo (cf Sl 54,7) e passai para as fileiras da
direita (cf Mt 25,33), que são as da virtude.
Acolhei a
alegria, o desejo espiritual e apaixonado de Deus.
Experimentai
a enorme doçura do seu amor (cf Ap 10,9-10) e, considerando todas as coisas
secundárias por Ele, pisai a vã glória, o desejo da carne e a cólera feroz!
[...]
Preparemos
as túnicas, estejamos alerta, tenhamos o olhar penetrante e o voo rápido para a
viagem que nos leva da Terra ao Céu!
É certo
que os viajantes podem ter de sofrer, e isso também nos acontece a nós: vedes,
com efeito, que sofreis em duros trabalhos, que vos cansais, que trabalhais a
terra até perder o alento, que derramais o vosso suor, que estais prestes a
perder as forças, famintos, sedentos, que um se esforça a lavrar, o outro a
trabalhar a vinha, um terceiro a fazer o azeite, ou a cozinhar, a construir, a
fazer o pão e a tratar do celeiro, cada um no seu lugar.
Todos
avançam pelo caminho de Deus, aproximando-se da grande cidade, e, pela morte,
todos terão acesso à inefável alegria dos bens que Deus reserva àqueles que O
tiverem amado. [...]
Possamos nós ser julgados dignos do Reino de Cristo, nosso Deus, ao qual pertencem a glória e o poder, com o Pai e o Espírito Santo, agora e pelos séculos dos séculos, ámen."
São Teodoro Estudita
(759-826), monge de Constantinopla | Catequese 16 (texto editado) | Imagem
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São Teodoro Estudita ou São Teodoro o Estudita (759-826) (quer
dizer, monge do Stoudion, mosteiro de Constantinopla), é um dos grandes Padres
da Igreja, teólogo, hinógrafo, diretor espiritual.
Uma das
mais importantes contribuições de São
Teodoro Estudita foi seu tratado de defesa dos ícones durante o segundo
período iconoclasta (814-842).
Teodoro é
celebrado na Igreja Ortodoxa no dia
11 de novembro, dia de sua dormição, e em 26 de janeiro, dia do translado de
suas relíquias de Chersoneso
(Χερσόνησος, Península em grego) a Constantinopla
no ano de 845 d.C.
Seu
irmão, São José o Hinógrafo, foi
arcebispo de Tessalónica e é comemorado a 14 de julho.