O publicano que foi libertado para o Reino de Deus
“Naquele
tempo, Jesus ia a passar, quando viu
um homem chamado Mateus, sentado no
posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus.
Um dia em
que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram
sentar-se com Ele e os seus discípulos.
Vendo
isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por
que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?».
Jesus
ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm
saúde que precisam do médico, mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa: "Prefiro a
misericórdia ao sacrifício". Porque Eu não vim chamar os justos, mas os
pecadores».” (Mt 9,9-13)
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O publicano que foi libertado para o Reino de Deus
“Mateus, o publicano, recebeu por
alimento «o pão da vida e da inteligência»
(Sir 15,3); e foi com essa mesma inteligência que deu em sua casa um grande
banquete para o Senhor Jesus, pois tinha recebido uma graça abundante, em
conformidade com o seu nome [que quer dizer «dom do Senhor»].
Um
presságio desse banquete de graças havia sido preparado por Deus: tendo sido
chamado enquanto estava no seu posto de cobrança, ele seguiu a Cristo e «ofereceu-Lhe, em sua casa, um grande
banquete» (Lc 5,29).
Ofereceu-Lhe
um banquete, dos grandes – um banquete real, diríamos nós.
Mateus é, de facto, o evangelista que
nos mostra Cristo Rei através da sua família e dos seus atos.
Logo no
início da sua obra, declara: «Genealogia
de Jesus Cristo, filho de David» (Mt 1,1).
Em
seguida, comenta que o recém-nascido foi adorado pelos magos como Rei dos
judeus; depois, tecendo o resto da narração com régios feitos e parábolas do
Reino, termina com as próprias palavras de um Rei que já está coroado pela
glória da ressurreição: «Foi-Me dado todo
o poder no Céu e na Terra» (28,18).
Se
examinarmos bem o conjunto da sua redação, reconheceremos que toda ela respira
os mistérios do Reino de Deus.
Nada de
espantoso há nisto; Mateus tinha sido
publicano, e fora chamado do serviço público do reino de pecado para a
liberdade do Reino de Deus, do Reino
de justiça.
E, como
homem verdadeiramente grato para com o grande Rei que o tinha libertado, serviu
com fidelidade as leis do seu Reino.”
Rupert de Deutz (c.
1075-1130), monge beneditino | As Obras do Espírito Santo, IV, 14 | Imagem
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Mateus foi um dos doze Apóstolos escolhidos por Jesus.
"Mateus era cobrador de impostos. Ao chamamento de Jesus, responde prontamente.
Admirável é o seu desprendimento,
pois ele promove em casa uma refeição de despedida, para a qual convida muitos
colegas de profissão.
Por
prestar serviço aos ocupantes romanos, os cobradores de impostos eram malvistos
e até mesmo desprezados pelos judeus.
Jesus,
que veio oferecer a salvação a todos, não Se deixa levar por esses
preconceitos.
Mateus
escreveu o Evangelho que leva o seu nome.
É o
Evangelho do Reino de Deus, do cumprimento em Cristo da Antiga Aliança.
É o
Evangelho do Sermão da Montanha, das parábolas do Reino e do juízo universal.
Escrevendo
para judeus-cristãos, insiste no messianismo de Jesus e na realização perfeita
das promessas do Antigo Testamento."