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Vivência cristã do tempo do calendário

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O tempo divide-se em anos .  Podia ser de outro modo? É a natureza que assim indica, por uma volta inteira da Terra à roda do Sol. E tantas influências tem no clima, nas culturas, na vida humana: tudo recomeça e tudo se repete de maneira aproximada, em cada no! A vida de relações com Deus, enquanto estamos no mundo, vive-se muito articulada com a divisão do tempo.   Há, assim, uma forma de viver cristãmente o ano, é a celebração litúrgica do ano. Sugestão:  História dos calendários – os primeiros calendários A Páscoa O centro e coração da celebração anual é a PÁSCOA , na Primavera. Por ela, cada cristão, revive a Páscoa de Cristo, para se apropriar da redenção que ela nos mereceu. Coincide com a Primavera, que é a ressurreição da natureza.  Gregório Lopes, Ressurreição de Cristo, 1539-1541 Museu Nacional de Arte Antiga  O Natal Como preparação da Páscoa, o cristão celebra o NATAL que é a entrada de Deus no mundo dos homens, a iniciar a salvação dos homens.

Quaresma - Tempo de jejum

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 Tempo de Quaresma , tempo de partilha, tempo de jejum… O Senhor diz-nos as suas preferências :  “ O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente… pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. Então, a tua luz surgirá como a aurora ”. (Is. 58, 6-8) Jejuar assim exige que paremos para refletirmos sobre nós e a nossa vida, pensarmos um pouco mais nos outros, comprometermo-nos a agir concretamente, com os nossos próprios meios, pequenos ou grandes – renunciar a uma chávena de café, uma taça de álcool, um bolo, um programa de televisão…  O que importa é que sejamos sinceros e nos convertamos.  Paulo VI  insistia “ Todos os fiéis são chamados a fazer penitência, cada um à sua maneira; a conversão deve manifestar-se comunitariamente ”. Jejuamos… para partilhar. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Nem só de pão v

QUARESMA

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Breve história da Quaresma No princípio, a Igreja preparava-se para celebrar a Páscoa , jejuando Sexta-Feira Santa e Sábado Santo . Os 40 dias da Quaresma foram introduzidos pela Igreja, segundo S. Leão Magno e Santo Agostinho , para que os fiéis durante este longo retiro anual comemorassem solenemente a Paixão e Morte de Cristo . O facto de serem 40 dias foi certamente sugerido pelo jejum de Moisés e Elias e especialmente de Jesus, no deserto, antes de dar começo à Sua vida pública. A Quaresma foi mencionada a primeira vez no cânone quinto do Concílio de Niceia no ano 325, e nas «Cartas Festivais» de Santo Atanásio.  A Liturgia da Quaresma , compilada entre os anos 461 e 596 mostra em cada uma das suas páginas o muito que sofreram então os cristãos de Roma. Durante esse período de tempo, Roma era repetidas vezes assediada e saqueada pelos Vândalos, Godos, Hunos e Lombardos. (1) Nesta Quaresma não sejas tíbio… compromete-te! O luto quaresmal Uma atmosfera de dó sem

Quaresma - Tempo de partilha

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Na partilha de bens, os cristãos ocupam os primeiros lugares e as obras de inspiração cristã, como a  Cáritas , Conferências Vicentinas , a Obra do P. Américo e outras semelhantes… gozam, no geral, de boa reputação e de eficácia largamente reconhecida.  Não podemos gloriar-nos pois estamos sempre longe do que era necessário e “ não saiba a tua direita o que faz a esquerda ”… Quando lemos o Evangelho e, em particular, as Bem-Aventuranças ( felizes os pobres… ), apercebemo-nos de que são apelos ao absoluto, sentimos vertigens e, então, procuramos adaptá-las à nossa medida.  Seria, porém, incrível proclamar a fraternidade universal em Cristo e, ao mesmo tempo, deixar que muitos morram de fome enquanto tantos esbanjam. A caridade fraterna, e portanto a partilha, é “ sacramento ” – sinal – da presença de Cristo entre nós. Desde o princípio –  vede como eles se amam!  – a fraternidade atuante dos cristãos, entre eles e com os outros, é testemunho de fácil leitura para todos. ***

Nesta Quaresma não sejas tíbio… compromete-te!

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Quinze gestos de caridade de que nos esquecemos com frequência 1.- Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de ti. Que mais havemos de dizer? Não importa se é um problema de Matemática, uma simples pergunta ou alguém que tem fome. A ajuda nunca é demais. Todos precisamos uns dos outros. Ainda que estejas habituado a ajudar, não te esqueças que também precisas de ser ajudado. 2.- Escutar a história de alguém. Sem julgar. Com amor. Saber escutar é o que nos torna humanos. Cada história que te contam vai unir-te mais ao outro: filhos, companheira, chefe, professor, preocupações e alegrias. Sabes bem que não são só palavras. São partes da sua vida que precisam de ser partilhadas. 3.- Lembrar aos outros o quanto gostamos deles. Tu sabes que os amas. E eles? Os gestos, os abraços, as palavras nunca sobram. Se Jesus não se tivesse feito carne, jamais entenderíamos que Deus é Amor. 4.- Alegrar-se com as coisas boas dos outros. Costumamos não falar sobre o que gostamos nos outr

O “Sacramento” da Quaresma

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Os textos da Quaresma , quadra litúrgica em que vamos entrar, falam-nos do “ sacramento da Quaresma ”. “ Sacramento ” quer dizer “ sinal ” e a Quaresma é verdadeiro sacramento, é sinal eficaz da salvação que o Senhor nos oferece. O mais importante não é o que nós faremos – mais penitência e oração, mas o que o Senhor quer fazer em nós e connosco. A graça que Ele nos comunica é mais importante que as nossas orações, penitências e renúncias. São 40 dias de escuta da Palavra de Deus , de caminhada com os olhos n’Ele, de preparação, na alegria para a Páscoa… mais importante que a Quaresma . O Concílio recomenda-nos: “ Ponham-se em relevo, tanto na Liturgia como na catequese litúrgica, os dois aspectos característicos do tempo quaresmal, que pretendem, preparar os fiéis, (…) que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal ” (SC.10) ***** Diz a Sagrada Escritura:  « Tende cuidado em não prati

Mensagem de D. António Augusto Azevedo para a Quaresma de 2022

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Converter o coração ao Deus da paz e da misericórdia A Quaresma é um tempo forte de preparação para a celebração da Páscoa, o acontecimento supremo da nossa salvação. Nestes quarenta dias deixemos ecoar no fundo do coração a Palavra de Deus que apela à conversão. Ousemos dar lugar à ação do Espírito Santo que abre sempre horizontes de novidade e nos fortalece para não deixarmos vencer pelo desânimo ou pelo cansaço. O apelo à conversão constitui a mensagem mais forte do tempo quaresmal. É necessária a conversão de cada cristão para que, descobrindo toda a riqueza do seu batismo, tome consciência que os frutos produzidos são, muitas vezes, escassos. Não nos podemos contentar com vidas cristãs meramente rotineiras, medíocres e estéreis. Este é o tempo de cuidar da “planta frágil” que é cada pessoa e criar as condições para dar mais fruto. Nos nossos dias é também imperiosa uma conversão da Igreja, de cada comunidade e instituição. A «conversão pastoral e missionária» referida pelo

Quarta-feira de Cinzas

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As cinzas que nos vão ser impostas marcam o início da  Quaresma .  São o símbolo da nossa precariedade e de que somos finitos. “ Lembra-te que és pó e em pó te hás-de tornar ”.  Ao contrário da sociedade de hoje que procura ocultar a morte, o rito das Cinzas torna-a presente e nos convida a dar importância às coisas que permanecem, que não são passageiras… Como? Respondendo ao tríplice apelo de  Jesus  que o  Evangelho  deste dia nos recorda:  esmola (partilha de bens), oração e jejum . As cinzas, segundo a tradição, obtêm-se dos ramos benzidos no último  Domingo de Ramos , maneira de se manifestar a relação entre a  Quaresma  e  Semana Santa  e a sua imposição é verdadeiro ato penitencial a realizar-se depois da homilia que para ele nos encaminha. Este começo da Quaresma quer-nos fazer entrar no caminho que, pela renúncia ao nosso egoísmo, nos levará à alegria da  Páscoa . ***** Diz a Sagrada Escritura: « Voltai para Mim de todo o coração, com jejuns, lágrimas e lament

Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma

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Dia de Cinzas Quarta-Feira de Cinzas  abre o  tempo litúrgico da Quaresma  com a bênção e a imposição das cinzas. Celebração importante, muitas paróquias a repetem no Domingo seguinte para dar oportunidade aos crentes cujo trabalho não permitiu que participassem, poderem aprofundar mais o sentido que ela nos lembra: a nossa fragilidade e o chamamento à conversão. Marcados com as cinzas, os cristãos, pessoalmente e em comunidade, entram na caminhada simbólica, no seguimento de Jesus Cristo, para viverem quarenta dias de oração, de jejum e de partilha. Receber as cinzas é, por isso, tomar consciência da nossa condição de pecadores e de querer responder ao convite de Deus: “ Lembra-te que és pó, e em pó te hás-de tornar ” e “ Convertei-vos e acreditai no Evangelho ”. É um gesto antigo. Já no Antigo Testamento se praticava como sinal de penitência/arrependimento e também de grande sofrimento, por exemplo, nos tempos de luto. * * * * * Diz a Sagrada Escritura: « Já é hora de

Quaresma - tempo de partilha

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Partilhar é, juntamente com a oração e a conversão , um dos pilares da Quaresma . O Cardeal francês Etchegaray escreveu: “ Partilhar é o gesto sem calculismo de duas mãos abertas que não sabem se dão ou se recebem ” e “ Não há verdadeira partilha senão na pobreza, como não há verdadeira riqueza senão na partilha ”. Porquê partilhar? A criança responderá “para sermos gentis”, outros dirão “para ajudarmos, sermos úteis e felizes” … ou “porque todos precisamos uns dos outros” … Para nós, cristãos, é tornarmo-nos no que somos: “ Corpo de Cristo ” como S. Paulo escreve (1Cor, 12, 26): “ Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele ”. É bem mais do que dar uma esmola, é “disponibilizar” o que temos: bens materiais, qualidade, tempo, alegria, competências… gestos que revelam o verdadeiro “rosto de Cristo”. (…) ***** Diz a Sagrada Escritura: « Aquele que tiver bens deste mundo, mas não socorrer o seu irmão nec

O sentido profundo da Quaresma

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Começa nesta semana.  Para muitos, a palavra é triste e evoca coisas desagradáveis: jejum, privações… Ter-se-á perdido o sentido profundo da Quaresma ? Como somos convidados a viver esta quadra litúrgica? A  Quaresma  é tempo de conversão, de nos voltarmos mais para Deus, ocasião para mergulhar no evangelho, redescobrir os textos essenciais que testemunha a maneira como as primeiras comunidades cristãs acolheram a Boa Nova proclamada por Jesus Cristo . É por isso tempo de mais oração: pessoal, em grupo, a partir da  Bíblia . Por que não organizar um grupo de oração com os vizinhos? Por que não rezar os textos propostos para a Santa Missa de cada dia? A Quaresma é tempo de jejum, de nos privarmos de certos alimentos e de coisas para partilhar. Privarmo-nos… só tem sentido se é para partilhar. Todos somos chamados a fazer penitência pessoal, cada um à sua maneira e a manifestarmos comunitariamente a nossa conversão. ***** Diz a Sagrada Escritura:  « Convertei-vo