QUARESMA
Breve história da Quaresma
No princípio, a
Igreja preparava-se para celebrar a Páscoa, jejuando Sexta-Feira Santa e Sábado
Santo.
Os 40 dias da
Quaresma foram introduzidos pela Igreja, segundo S. Leão Magno e Santo Agostinho, para que os fiéis durante este longo retiro anual comemorassem solenemente
a Paixão e Morte de Cristo.
O facto de
serem 40 dias foi certamente sugerido pelo jejum de Moisés e Elias e
especialmente de Jesus, no deserto, antes de dar começo à Sua vida pública.
A Quaresma foi mencionada a primeira vez no cânone quinto do Concílio de Niceia no ano 325, e nas «Cartas Festivais» de Santo Atanásio.
A Liturgia da Quaresma, compilada
entre os anos 461 e 596 mostra em cada uma das suas páginas o muito que
sofreram então os cristãos de Roma.
Durante esse
período de tempo, Roma era repetidas vezes assediada e saqueada pelos Vândalos,
Godos, Hunos e Lombardos. (1)
O luto quaresmal
Uma atmosfera de dó sempre caracterizou o período da Quaresma.
Antigamente, a Igreja e o
Estado proibiam as festividades e distracções públicas. O mesmo acontecia nas
famílias.
Nas cortes reais, a Quaresma obrigava a luto oficial.
Os monarcas, a nobreza e o povo, vestiam de negro.
A Inglaterra continuou fiel, em muitas regiões, ao velho
costume, mesmo depois da Reforma.
A Rainha Isabel I de Inglaterra (1603) e as suas damas trajavam de preto.
Na Rússia, até aos finais do século
XIX, cessavam toda a música profana e as mulheres não punham joias. (2)
(1) In Almanaque Popular 2005 (2) In Almanaque Popular 2006 | Imagem retirada da internet