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A missão dos padrinhos

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A missão dos padrinhos No princípio, os padrinhos eram cristãos adultos com provas dadas da sua fé em Cristo e, assim, reconhecidos como testemunhas da fé e garantes dos que se preparavam para o baptismo. No caso de crianças, esta função sempre competiu aos pais sempre que a eles podiam recorrer. No caso de filhos de escravos, de perseguidos e presos, de órfãos… era com os padrinhos… A partir do séc. VI generalizou-se o costume de associar um padrinho a cada baptizado e, depois, também uma madrinha. Ser padrinho não é uma favor feito a alguém, nem uma segurança para os pais, é uma responsabilidade. A Igreja fixou os critérios para a sua escolha. A sua vida, no mínimo, não pode estar em contradição com o Evangelho Tutor da fé do afilhado, deve ser membro consciente e responsável da Igreja de Cristo que ali representa. Basta um padrinho; não podem ser dois padrinhos ou duas madrinhas. ***** Diz a Sagrada Escritura : « A Vida manifestou-SE. Nós vimo-LA e damos testemunho d’Ela: Es

Os Salmos

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Os SALMOS O livro dos Salmos é o único livro da Bíblia inteiramente feito de orações. Compilados, sobretudo, entre o VIII e o II século antes de Cristo, no povo de Israel, destinavam-se à oração da comunidade para as peregrinações a Jerusalém, as celebrações do Templo e na sinagoga e uso particular. Poemas inspirados por deus, compostos segundo as regras da poesia hebraica, normalmente cantados e acompanhados de instrumentos musicais, apresentam-nos louvores, súplicas nas aflições, pedidos de perdão, acções de graças… Contam a vida das pessoas e revelam-nos Deus vivo que se manifesta, nos fala e a Quem falamos. Jesus os rezou, os apóstolos, à sua luz, releram a vida de Cristo e descobriram a missão de Messias. Hoje, constituem a base da oração oficial da Igreja e muitos fazem deles oração diária. É o livro do Velho Testamento mais citado no Novo. Verdadeira escola de oração, podem alimentar a nossa vida de fé. ***** Diz a Sagrada Escritura : « O Senhor é meu Pastor, nada me falta. E

Festas dos Santos

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Festas dos Santos Noutros tempos o calendário litúrgico honrava, em cada dia, um santo: restando poucos dias livres para as festas cristãs fundamentais. O Concílio Vaticano II reformou esse calendário para que “ os mistérios da salvação possam ser celebrados devidamente e na totalidade (…) com o lugar que lhe convém, a preferência sobre as festas dos santos ”. A Igreja universal celebra apenas aqueles santos cuja vida é portadora de sentido para todos; sendo os outros festejados nas regiões ou comunidades a que pertencem. Cada paróquia ou aldeia tem o seu santo padroeiro. Sempre foram honrados com festividades públicas: Santa Missa e procissão, banquetes, divertimentos… Ainda hoje reúnem para a eucaristia e procissão alguns cristãos praticantes habituais e ocasionais, felizes de se encontrarem para evocar lembranças comuns e afirmar sentimentos de pertença. Mas, para a maioria, o importante da festa é o “arraial” animado por conjuntos barulhentos, atrevidos, e, no geral, de valor ar

Todos iguais

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Todos iguais É frequente encontrarmos cristãos que não se consideram parte responsável na Igreja. Se é verdade que o Papa e os Bispos constituem a Igreja docente, nem por isso os outros são menos responsáveis. Concepção errada a dos cristãos que, ao falarem da Igreja, não se consideram pertencer-lhe ou como se existissem diversas categorias de cristãos, como alguém escreveu, os que alinham na primeira divisão – os bispos, os da segunda – os padres e os da terceira – os leigos, e até na regional – seriam as mulheres… De maneira nenhuma! Todos os baptizados formam a Igreja, iguais em dignidade mas com funções diferentes. Não há supercristãos e minicristãos. O Concílio Vaticano II fala da igualdade dos membros da Igreja: “ comum a dignidade dos membros, comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição. Nenhuma a desigualdade entre cristãos… ” E porquê? Porque todos recebemos o mesmo baptismo. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Todos nós, embora sejamos muitos, formamos um só

Mas não há inferno?...

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 O Inferno: escola portuguesa da primeira metade do séc. XVI, de mestre desconhecido. (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa) « Claro que há Inferno. Se não houvesse Inferno, Deus não era Deus e o homem não era homem. Porque Deus criou o homem livre, este tem de ter opção de escolha. Porque o homem é livre, tem de poder optar pelo Céu ou pelo Inferno. Se não houvesse Inferno, o homem tinha de ir para o Céu “à força”, quer quisesse quer não. Porque somos livres podemos escolher, podemos optar. (…) O Inferno não é, de certeza absoluta, como nós imaginamos. È uma realidade que a nossa inteligência não pode captar, porque é algo espiritual, ilimitado, eterno, com um sofrimento, uma ausência de Deus, que nós não podemos imaginar nem o devemos fazer. Exactamente como o Céu, que por ser um estado de alegria, de bem-aventurança, de perfeição, de gozo de Deus, nos escapa à imaginação. (…) O Inferno é um estado de separação de Deus, terrível, sofredor, de angústia. Não é um lugar nem