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MARANA THA

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Marana Tha é uma aclamação em língua aramaica, a língua falada por Jesus, que significa: o Senhor vem ou Vem, Senhor .  Na boca dos cristãos, é uma confissão de fé na vinda de Jesus que, nos princípios, julgavam iminente.  Entrou logo na oração dos crentes e S. Paulo conservou-a na 1ª carta aos Coríntios (16,22) e S. João no Apocalipse (22,20). É a invocação mais antiga da comunidade cristã.  Exprime o anseio pela vinda do Salvador que virá curar e resgatar as pessoas num tempo carregado de amargura, angústia e solidão.  É o desejo da vinda do tempo de Deus ao tempo dos homens para os libertar de toda a escravidão. Na liturgia, os cânticos que contém esta aclamação cobram, no Advento, este sentido particular, na perspectiva da vinda de Cristo no Natal e, sobretudo, pela orientação escatológica das leituras das primeiras semanas, para a vinda gloriosa do Senhor no fim dos tempos. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação est

Coroa do Advento

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A Coroa do Advento As tradições do Advento falam-nos de expetativa e desenrolam-se por etapas.  Uma das mais conhecidas, hoje, é a de acender quatro velas sobre uma “coroa” nas igrejas ou nas casas.  É um costume que nos leva aos luteranos alemães do séc. XVI mas que se espalhou rapidamente por toda a parte e lhe foi atribuído simbolismo cristão. Quando a luz do dia diminui e a noite cresce, celebrava-se na Alemanha a festa da luz, festa certamente de origem pagã.  Com o movimento litúrgico de 1950, a Coroa do Advento ganhou o mundo católico. Pode ter uma forma qualquer, é feita de folhas persistentes, colocada sobre uma mesa ou suspensa do teto e comporta quatro velas, uma para cada semana do Advento .  O simbolismo está mais na luz, nas folhas persistentes e na progressão…  A nova luz que se acende em cada domingo… devia corresponder a tornarmo-nos luz mais viva de Cristo. ***** Diz a Sagrada Escritura : « Uma voz clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as

Uma oração em cada um dos dedos da mão

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É uma sugestão do  Papa Francisco quando Arcebispo de Buenos Aires, e de que nos podemos servir para rezar: 1.- O polegar é o que está mais perto de nós.  Começa por rezar pelos que estão mais próximos. São fáceis de recordar. Rezar por aqueles que amamos é “ uma doce tarefa ”. 2.- A seguir é o indicador .  Reza pelos que ensinam, instruem e curam. Eles precisam de apoio e sabedoria para nos orientarem. 3.- Depois, é o maior .  Recorda-nos os que têm autoridade: chefes, governantes… Eles necessitam da orientação divina. 4.- O anelar é o mais débil.  Lembra-nos que rezemos pelos mais débeis ou pelos atormentados por problemas. Todos necessitam das tuas orações. 5.- O mínimo , o mais pequeno, deveria lembrar-te de rezares por ti.  Quando terminares de rezar pelos outros grupos, as tuas necessidades aparecerão de forma correcta e estarás preparado para rezares por ti.  Deus te abençoe. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação

Divina Misericórdia

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João Paulo II deu ao segundo domingo de Páscoa o título “ Domingo da Divina Misericórdia ”.  Os textos da Santa Missa e do Ofício divino continuam a ser os mesmos de antes, mas a devoção centrada neste atributo de Deus ganhou importância devido aos escritos de Santa Faustina , religiosa que viveu em Cracóvia, diocese da Polónia de que João Paulo II foi Pastor. O Concílio Vaticano II recomenda que as devoções populares se harmonizem com a Liturgia e só teriam preferência sobre o domingo se forem de “máxima importância” (SC. 13 e 106). A devoção à misericórdia divina é uma expressão do nosso reconhecimento pelo que o Senhor instituiu na tarde de Páscoa : “ A quem perdoardes os pecados serão perdoados ”. A Irmã pediu que, nesse dia, se festejasse a misericórdia divina , petição corroborada por todos os bispos do País.  O Papa, em 1995, concedeu-o à Polónia e, em 2000, à Igreja inteira. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Não tema. Eu sou o Primeiro e o Último, que vive. Est

Vida Nova

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Graças à ressurreição de Jesus, o cristianismo não é uma religião de morte mas de vida.  Jesus falou muitas vezes da necessidade da cruz, anunciou a sua paixão e morte, mas acrescentava sempre que ressuscitaria.  O seu olhar não se fixava no Calvário mas no triunfo glorioso, três dias depois de morrer. Ao longo da sua vida, Jesus ressuscitou três pessoas que voltaram à vida que tinham antes de morrer, e agora, como todos os seres humanos, aguardam a ressurreição final.  Com Ele não foi assim. Ao ressuscitar, seu corpo foi cheio de uma vida superior, espiritual divina.  A sua identidade corporal continua mas totalmente transformada interiormente: “ Vede as minhas mãos e os meus pés, sou Eu! ” (Lc. 24, 34) Pela sua ressurreição Jesus entrou numa vida nova, vida nova que começou a espalhar-se pela humanidade e destinada a todos aqueles que acolhem e procuram viver a sua mensagem. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Porque procurais Aquele que vive entre os mortos? Não está aqu

«A vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens» (Lc 12,15)

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  «A vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens» (Lc 12,15) “Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: « Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo ». Jesus respondeu-lhe: « Amigo, quem Me fez juiz ou árbitro das vossas partilhas? ». Depois disse aos presentes: « Vede bem, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens ». E disse-lhes esta parábola: « O campo dum homem rico tinha produzido excelente colheita. Ele pensou consigo: "Que hei-de fazer, pois não tenho onde guardar a minha colheita? Vou fazer assim: deitarei abaixo os meus celeiros para construir outros maiores, onde guardarei todo o meu trigo e os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: minha alma, tens muitos bens em depósito para longos anos; descansa, come, bebe, regala-te". Mas Deus respondeu-lhe: "Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O que preparaste, para quem será?" Assim ac

O abraço da paz

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O gesto da paz é um rito muito apreciado nas nossas assembleias.  O excesso de entusiasmo que, no início, suscitou foi temperado pela nova Introdução Geral do Missal Romano , que convida a desejar-se a paz “ de maneira sóbria e unicamente àqueles que nos rodeiam ”. (nº82) O importante neste gesto é o sentido simbólico.  Não se trata de efusões de alegria entre uma banda de amigos que exprimem assim o gosto do reencontro e de estarem juntos, nem de uma ocasião para saudar as pessoas – que se pode fazer no início ou no fim das celebrações – mas de mostrar que desejamos entrar na dimensão de paz que Jesus traz ao mundo e que ultrapassa os nossos conflitos.  Por vezes até se vê estender as duas mãos ao outro: gesto ao mesmo tempo sóbrio e mais significativo do que o simples aperto de mão e pode exprimir melhor o alcance simbólico do rito. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Que o Deus da Paz… vos torne aptos para toda a espécie de bem, a fim de que façais a Sua vontade ». (Heb. 13