Um único altar com duas mesas
O Concílio Vaticano II
levou-nos a redescobrir que a Igreja sempre venerou e apreciou a Sagrada
Escritura (cfr. DV, 21), e que, na Santa Missa, Liturgia da Palavra e Liturgia
Eucarística são de igual importância para a nossa vida cristã.
Não basta escutar a
Palavra nem viver só de pão, mesmo que este seja a Eucaristia. A Palavra, para
ser posta em prática, precisa do Pão que dá força para A levarmos ao concreto
da vida. O Verbo é a Palavra que Se fez Carne e Pão da Vida (Jo 6, 48) e nós
alimentamo-nos das duas: da Bíblia e da Eucaristia (cfr PO, 18).
Daí as duas mesas que, na
Eucaristia, se prolongam uma à outra, num único e mesmo altar. Não estão
separadas, são lugar privilegiado de encontro com o Senhor que nos fala no
ambão, através dos textos proclamados, e a assembleia Lhe fala na outra mesa
eucarística através da “Oração Eucarística”.
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Diz a Sagrada Escritura: «Todos os crentes participavam assiduamente na
pregação dos Apóstolos, na celebração da Eucaristia [= fracção do pão], nas
orações comunitárias e na união fraterna». (Act. 2, 42))
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Quando se vivia a fé,
Todo o cristão ia à missa,
Sem vergonha nem preguiça,
De longe, à chuva e a pé.
É escutar Deus, que nos fala,
Como irmãos em multidão;
É Deus feito refeição
E os Seus filhos a tomá-la.
In
Jornal “Avé Maria” (Semanário) – Vila Real, 16.02.2014