NATAL!


Nasce mais uma vez,
Menino Deus!
Não faltes, que me faltas
Neste inverno gelado.
Nasce nu e sagrado
No meu poema,
Se não tens outro presépio
Mais agasalhado.

Nasce e fica comigo
Secretamente,
Até que eu, infiel, te denuncie
Aos Herodes do mundo.
Até que eu, incapaz
De me calar,
Devasse os versos e destrua a paz
Que agora sinto, só de te sonhar.

Miguel Torga
Coimbra, 24 de Dezembro de 1987

Textos mais lidos!

Quem é o acólito?

Levar a comunhão aos doentes

Os cinco defeitos de Jesus

Jesus, o fariseu e a mulher pecadora

Imagens e símbolos de Santo António

Horários das Missas em Constantim

Queremos seguir Jesus - 3ª Ano

Oração da Serenidade

Mãos em Prece | Albrecht Dürer