O nosso Deus É Trindade
"Professar a fé na Trindade -
Pai, Filho e Espírito Santo - equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. Jo 4,
8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou o seu Filho para a nossa
salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e
ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos, enquanto
aguarda o regresso glorioso do Senhor." (Bento XVI)
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“O mistério da Santíssima Trindade é um mistério de amor: amor de um Deus
que se revela aos homens e, num gesto de infinita bondade, lhes dá o Seu Filho,
o Qual, encarnando e entregando-Se, totalmente, aos homens até à morte de Cruz
(Flp 2, 8), veio não para julgá-los, mas para salvá-los.
Perante este amor de Deus, o homem só pode ter uma atitude: aceitar Jesus
Cristo como seu Salvador deixar-se penetrar pelo Seu amor e iluminar pela Sua
verdade, que é o Seu Evangelho de amor. Recusar Jesus Cristo é recusar a
salvação. Deus não condena ninguém. Cada um de nós, com a sua aceitação ou
recusa de Cristo, é que decide acerca do seu juízo final.” (SNL)
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O nosso Deus é Trindade,
revelou-o Jesus: é, ao mesmo tempo, Pai, Filho e Espírito Santo.
Cada pessoa divina é inteiramente
único Deus: o Pai igual ao Filho, o Filho igual ao Pai e o Pai e o Filho iguais
ao Espírito Santo.
Em natureza são um só Deus. Cada
Pessoa divina diferencia-Se pela relação, pelo modo de amar as Outras.
O Pai, primeira Pessoa, ama como Pai
e, em ato eterno de amor, gera o Filho que recebe do Pai a vida e com Ele a
comunica ao Espírito Santo.
O Espírito Santo, terceira Pessoa, recebe
o amor divino do Pai e do Filho.
“Deus amou tanto o mundo que lhe deu o
Seu Filho”.
N’Ele, o Pai alarga a sua paternidade
e faz de nós filhos adotivos e com o Filho comunica aos nossos corações o
Espírito Santo para podermos viver no amor que une as Três Pessoas divinas.
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Diz a Sagrada Escritura: «A graça de
nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo
estejam convosco». (II Cor. 13, 13)
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Este mistério divino
Ultrapassa a inteligência:
Ora, sendo Deus um na essência,
Quanto a pessoas é trino.
Mas Jesus veio dizer
Essa verdade infinita;
E a nossa mente acredita,
Sem que possa compreender.
Santíssima Trindade
“Como os Hebreus e os Muçulmanos, nós
proclamamos que o nosso Deus, o Deus de Abraão, Isaac e Jacob, é o Único: nós
acreditamos num único Deus! Contudo, nós, os cristãos, sabemos que este Deus
único não é um ser solitário, perdido nos espaços infinitos. É um Deus
comunitário; é uma Família divina; é uma Comunidade de vida e de amor. Aos
homens nós conhecemo-los, vendo-os viver.
Mais do que por definições, é pelos
seus gestos e atitudes que nos mostram o que são. Ora é também pelos Seus
gestos que Deus nos dá a conhecer os mistérios impenetráveis da Sua vida. Assim
foi com a Incarnação que se nos manifestou o mistério de um Deus em três
Pessoas divinas. «Na verdade, o mistério do Verbo feito Carne obriga-nos a
distinguir três Pessoas em Deus. É só o Verbo que incarna; não se pode
descobrir a Sua identidade, se não se reconhece n’Ele o Filho enviado pelo
Pai e destinado a comunicar o Espírito." (Jean Gallot).
Com a Sua presença no mundo e com as
Suas palavras, Jesus Cristo descobriu-nos as surpreendentes riquezas de Deus.
Falou-nos do Pai, que nos ama e quer a nossa salvação; apresentou-Se a Si mesmo
como filho, o Enviado, o caminho, a verdade e a vida; anunciou-nos a vinda do
Espírito Santo como hóspede das nossas almas.
Todo o Ano Litúrgico, em que
celebramos o Mistério de Cristo, mas de modo especial o período Quaresma –
Pentecostes (núcleo fundamental do Ano Litúrgico), nos orienta para a
Santíssima Trindade. Com efeito, ao percorrermos as diversas etapas da
salvação, vamos sendo introduzidos na vida íntima de Deus, vamos sendo
convidados a estabelecer relações pessoais com cada uma das três Pessoas
divinas.
Ao consagrar, de modo especial, um
domingo do ano à Santíssima Trindade, a Liturgia quer levar-nos a prolongar e
completar a nossa «descoberta» de Deus, a fim de que a nossa vida, vivida na
«graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor do Pai e na comunhão do Espírito
Santo», seja um sinal do amor de Deus para os nossos irmãos.” (SNL)