Apliquemos a nossa meditação à Paixão do Senhor

Apliquemos a nossa meditação à Paixão do Senhor

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem.

Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado,

para que todo aquele que acredita tenha nele a vida eterna».

Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita nele não pereça, mas tenha a vida eterna.

Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele». (Jo 3,13-17)

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Apliquemos a nossa meditação à Paixão do Senhor

“[Gertrudes] aprendeu que, quando olhamos para o crucifixo, nos faz bem considerar no fundo do coração que o Senhor Jesus nos diz com voz terna:

«Vê como fui suspenso da cruz por causa do amor que te tenho, nu e desprezível, o meu corpo coberto de chagas e todos os meus membros deslocados. E contudo, o meu coração está cheio de uma tal doçura de amor por ti que, se a tua salvação o exigisse e não pudesse ser realizada de outra maneira, aceitaria sofrer hoje por ti tudo o que tu podes ver que sofri por todo o mundo».

Estas reflexões devem conduzir-nos à gratidão, porque, a bem dizer, é sempre uma graça de Deus o nosso olhar poisar num crucifixo. [...]

Doutra vez em que aplicava o espírito a meditar na Paixão do Senhor, Gertrudes compreendeu que a meditação das orações e das lições relativas à Paixão do Senhor é de uma eficácia infinitamente maior que qualquer outro exercício.

Pois, tal como é impossível tocar na farinha sem ficar com pó nas mãos, assim também é impossível pensar, por pouco fervor que se tenha, na Paixão do Senhor, sem daí retirar algum fruto.

Mesmo aquele que se limita a uma leitura corrida da Paixão dispõe a sua alma, no mínimo, para receber o fruto correspondente, de tal maneira que a simples atenção de quem se exercita na recordação da Paixão de Cristo lhe é mais proveitosa que seria a outro uma atenção mais sustentada, mas não ocupada na Paixão do Senhor.

Por isso, tenhamos sem cessar o cuidado de aplicar com frequência a nossa meditação à Paixão de Cristo, e que ela se torne para nós como um raio de mel na boca, uma melodiosa toada no ouvido, um cântico de alegria no coração.”

Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301) monja beneditina | «O Arauto», Livro III, SC 143

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Santa Gertrudes nasceu em 1256 na Saxónia e, ainda criança, foi entregue pelos seus pais num mosteiro para que tivesse uma formação religiosa.

O seu misticismo cedo se tornou notado, tendo-se tornado uma das mais importantes escritoras católicas.

As suas obras, das quais se destaca o "Mensageiro do Divino Amor", são tidas como referência para quem queira seguir a vida de fé.

Foi uma profunda devota ao Sagrado Coração de Jesus e também a São José.

Santa Gertrudes de Helfta é a padroeira dos místicos e dos escritores católicos.

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