«Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão»

 

«Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão»

“Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João Batista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações. Mas os teus discípulos comem e bebem».

Jesus respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo enquanto o noivo está com eles?

Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão».” (Lc. 5, 33-35)

*****

«Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão»

Que «estejam cingidos os nossos rins e acesas as nossas lâmpadas»; sejamos semelhantes «aos homens que esperam o seu senhor ao voltar do seu noivado» (Lc 12,35).

Não sejamos como aqueles ímpios que dizem: «Comamos e bebamos, que amanhã morreremos» (1Cor 15,32).

Quanto mais incerto é o dia da nossa morte, mais dolorosas são as tribulações desta vida; e devemos jejuar e orar ainda mais, porque efetivamente morreremos amanhã: «dentro em pouco já Me não vereis e pouco depois voltareis a ver-Me» (Jo 16,16).

Agora é o momento acerca do qual Ele disse: «Chorareis e lamentar-vos-eis; o mundo alegrar-se-á e vós estareis tristes» (v. 20); é a altura desta vida cheia de provações em que viajamos longe dele; «mas Eu hei-de ver-vos de novo; e o vosso coração alegrar-se-á e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» (v. 22).

A esperança que nos dá Aquele que é fiel às suas promessas não nos deixa totalmente privados de alegria, até sermos repletos de júbilo transbordante, no dia em que formos «semelhantes a Ele porque O veremos como Ele é» (1Jo 3,2), e em que «ninguém nos poderá tirar a nossa alegria». [...]

«Uma mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer de ter vindo ao mundo um homem» (Jo 16,21).

É esta a alegria que ninguém nos poderá tirar; dela ficaremos repletos quando passarmos da presente conceção da fé para a luz eterna. Jejuemos, pois, agora e oremos, porque nos encontramos nos dias do parto.”

Santo Agostinho (354-430) | bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja | Sermão 210, 5 | Imagem

*****

Santo Agostinho de Hipona

“No outro lado do Mediterrâneo, à entrada da Africa cristã, em Hipona, onde é bispo desde 396, brilha Agostinho, cujo pensamento e cuja atividade literária pertencem ao património universal: ao lado do tomismo, o agostinismo é uma das formas originais da filosofia cristã.

Esse convertido do prazer e do neoplatonismo, durante seus trinta e quatro anos de episcopado, desenvolve uma atividade que ultrapassa em muito os limites de sua pequena diocese.

Suas centenas de sermões tinham por objetivo instruir o seu povo, mas as suas cartas - foram conservadas 276 - endereçavam-se a tudo aquilo que o mundo romano tinha em termos de cabeças pensantes.” Ler+

Textos mais lidos!

VIA LUCIS - Caminho da Luz

Levar a comunhão aos doentes

Terço Missionário rezado pelo Grupo da Catequese Paroquial de Constantim

Quem é o acólito?

Mensagem para o dia da Mãe da Comissão Episcopal do Laicado e Família – 5 de maio de 2024

O abraço da paz

Semana Santa em Vila Real (13 a 20 de Abril de 2014)

Tempo Pascal são cinquenta dias!

Oração da Serenidade