«Quem não é contra vós é por vós»
“Naquele
tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior.
Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior».
João
tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu
nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco».
Mas Jesus
respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».” (Lc 9,46-50)
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«Quem não é contra vós é por vós»
“Em
virtude da sua missão de iluminar o mundo inteiro com a mensagem de Cristo e de reunir sob um só Espírito todos os homens, de qualquer
nação, raça ou cultura, a Igreja constitui um sinal daquela fraternidade que
torna possível e fortalece o diálogo sincero.
Isto
exige, em primeiro lugar, que, reconhecendo toda a legítima diversidade,
promovamos na própria Igreja a mútua
estima, o respeito e a concórdia, em ordem a estabelecer entre todos os que
formam o Povo de Deus, pastores ou
fiéis, um diálogo cada vez mais fecundo.
Porque o
que une entre si os fiéis é bem mais forte do que o que os divide: haja unidade
no que é necessário, liberdade no que é duvidoso, e em tudo caridade.
Abraçamos
também em espírito os irmãos que ainda não vivem em plena comunhão connosco, e
as suas comunidades, aos quais estamos unidos na confissão do Pai, do Filho e do Espírito Santo [...].
Voltamos
também o nosso pensamento para todos os que reconhecem a Deus e guardam nas suas tradições preciosos elementos religiosos e
humanos, desejando que um diálogo franco nos leve a todos a receber com
fidelidade os impulsos do Espírito e
a segui-los com entusiasmo.
Pela
nossa parte, o desejo de um tal diálogo, guiado apenas pelo amor à verdade e
com a necessária prudência, não exclui ninguém: nem aqueles que cultivam os
altos valores do espírito humano, sem ainda conhecerem o seu Autor; nem aqueles que se opõem à Igreja, e de várias maneiras a
perseguem.
Como Deus Pai é o princípio e o fim de todos
eles, todos somos chamados a ser irmãos. Por isso, chamados pela mesma vocação
humana e divina, podemos e devemos cooperar pacificamente, sem violência nem
engano, na edificação do mundo na verdadeira paz.”
Concílio
Vaticano II, Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo, «Gaudium et
spes», § 92 | Imagem
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Os fins
que devia perseguir o concílio Vaticano II, eram, segundo a bula da
convocatória: “promover o incremento da fé católica e uma saudável renovação
dos costumes do povo cristão, e adaptar a disciplina eclesiástica às condições
do nosso tempo”.
Aberto
pelo Papa João XXIII no dia 11 de Outubro de 1962, apenas o primeiro período de
sessões teve lugar em vida deste pontífice. Ler+