«Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador»

 

«Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador»

“Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador».

Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus companheiros, por causa da pesca realizada.

Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens».

Tendo conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus.” (Lc 5, 8-11)

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«Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador»

"Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu último destino por livre escolha e amor preferencial. Podem, por conseguinte, desviar-se.

De facto, pecaram. Foi assim que entrou no mundo o mal moral, incomensuravelmente mais grave que o mal físico. Deus não é, de modo algum, nem direta nem indiretamente, causa do mal moral.

No entanto, permite-o por respeito pela liberdade da sua criatura e misteriosamente sabe tirar dele o bem: 

«Deus todo-poderoso [...] sendo soberanamente bom, nunca permitiria que qualquer mal existisse nas suas obras se não fosse suficientemente poderoso e bom para do próprio mal, fazer surgir o bem» (Santo Agostinho).

Assim, com o tempo, é possível descobrir que Deus, na sua omnipotente Providência, pode tirar um bem das consequências dum mal (mesmo moral) causado pelas criaturas:

«Não, não fostes vós», diz José a seus irmãos, «que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo» (Gn, 45,8. 50,20).

Do maior mal moral jamais praticado, como foi o repúdio e a morte do Filho de Deus, causado pelos pecados de todos os homens, Deus, pela superabundância da sua graça, tirou o maior dos bens: a glorificação de Cristo e a nossa redenção. Mas nem por isso o mal se transforma em bem."

Catecismo da Igreja Católica, §§ 311-312 | Imagem: “Pesca miraculosa” - James Tissot (entre 1886 e 1894), atualmente no Brooklyn Museum, em Nova Iorque.

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