«Ainda que alguém ressuscitasse dos mortos, não se deixariam convencer» (Lc 16,31)

 «Ainda que alguém ressuscitasse dos mortos, não se deixariam convencer» (Lc 16,31)

“Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas.

Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração.

No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão.

No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».” (Lc 11,29-32)

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Razões para crer?

“Os maus cristãos não têm fé, mas também não abjuram; desculpam-se, afirmando não ter razões para crer.

Daí que o seguinte discurso seja comum na boca de muitos: «Se tivesse visto algum milagre, seria santo». «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal», e os maus desejam ver milagres.

O mais espantoso é que, tendo visto os milagres que ocorrem todos os dias diante dos seus olhos, estando, por assim dizer, rodeados de milagres, não deixem de continuar a procurá-los, como os escribas e os fariseus, que queriam vê-los no céu, depois de os terem visto na Terra.

E nem os mortos ressuscitados em vida do Salvador, nem o eclipse do Sol aquando da sua morte os tornaram fiéis;

pelo contrário, a sua inveja tornou-se mais forte por causa deles, o seu ódio mais venenoso;

uma e outro ascenderam ao ponto da fúria, e a sua infidelidade não foi curada.

E assim acontecerá a quantos, vivendo mal, estão à espera de milagres para crer: «Ainda que alguém ressuscitasse dos mortos, não se deixariam convencer» (Lc 16,31). [...]

Todas as dificuldades que detêm os incrédulos, todas as contradições com que eles deparam nos dogmas da fé, tudo o que lhes parece uma contrariedade, tudo o que lhes parece novo, surpreendente, contrário ao senso comum, contrário à razão, inconcebível, impossível, todos os seus argumentos, todas as suas pretensas demonstrações, tudo isso, muito longe de me abalar, reforça-me ainda mais, torna-me inabalável na minha religião. [...]

As novas dúvidas são para mim novas razões para crer.”

São Cláudio de la Colombière (1641-1682), jesuíta | «Reflexões cristãs» | Imagem 

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São Cláudio de La Colombiere nasceu na França, em 1641.

A sua mãe, muito cedo, tinha profetizado que o seu filho seria um santo religioso. Esse facto não o forçou, mas ajudou no seu discernimento.

Passado um tempo, ele, que pertencia a uma família religiosa, pôde fazer este caminho de seguimento a Cristo e entrou para a Companhia de Jesus.

Dado aos estudos, aprofundou-se, lecionou e chegou a superior de um colégio jesuíta. Ler+  

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