«Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe» (Lc 10,2)

«Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe» (Lc 10,2)

“Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.

E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.

Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.

Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho.

Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: "Paz a esta casa".

E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco.

Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.

Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem,

curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: "Está perto de vós o reino de Deus"».

Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e dizei:

"Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós. No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus".

Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa cidade».” (Lc 10,1-12)

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«Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe» (Lc 10,2)

“Cristo deixa ao cargo da sua Esposa, durante a passagem do tempo, uma parte da oração que recitou quando ofereceu o seu sacrifício. Ainda que esta oração tenha uma eficácia infinita, Nosso Senhor deseja que lhe unamos a nossa.

Certo dia em que o nosso Divino Salvador considerava, com o seu olhar divino, a multidão das almas que tinha de resgatar, disse aos seus apóstolos, que enviava a pregar o Evangelho: «Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe» (Lc 10,2).

Os apóstolos deviam ter respondido: «Senhor, porque nos mandas rezar? Não basta a tua oração?».

Não, não basta: «Rezai vós também». Cristo Jesus quer precisar das nossas orações como precisou das dos apóstolos. [...]

Quando nos recolhemos, pensemos que, [...] do fundo do tabernáculo, Cristo nos diz:

«Empresta-me os teus lábios e o teu coração, para que Eu possa prolongar a minha oração cá em baixo, enquanto, lá no alto, ofereço os meus méritos ao Pai. Primeiro a oração: só depois virão os trabalhadores, e a sua obra só será fecunda na medida em que meu Pai, atento à tua oração, que é a minha, enviar à Terra o orvalho celeste da sua graça». (…)

Em memória do sacrifício que resgatou o mundo, sentindo-se poderosa com o poder do próprio Salvador, a Igreja, com o seu olhar de Mãe, percorre as diversas séries das almas que têm necessidade do socorro do alto e oferece por cada uma delas especiais súplicas. Imitemos este exemplo da nossa Mãe e apresentemo-nos diante de Deus com confiança, pois nesse momento somos a «boca de toda a Igreja».”

Beato Columba Marmion (1858-1923), abade | A Obra de Deus, meio de união a Deus | Imagem

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Dom Columba Marmion

“Nasceu em Dublim (Irlanda), no dia 1 de Abril de 1858, de pai irlandês e mãe francesa. Três das suas irmãs consagraram-se a Deus numa Congregação religiosa chamada "Irmãs da Misericórdia".

Ingressou no Seminário diocesano de Dublim aos dezasseis anos, e terminou os seus estudos de teologia no Colégio "de Propaganda Fide", em Roma; foi ordenado sacerdote no dia 16 de Junho de 1881.

Sonhava ser monge missionário na Austrália, mas deixou-se cativar pela atmosfera litúrgica da nova Abadia de Maredsous, que tinha sido fundada na Bélgica em 1872, onde foi visitar um companheiro de estudos antes de regressar à Irlanda. Quis ingressar nesse mosteiro, mas o seu Bispo pediu-lhe que esperasse algum tempo.Ler+  

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