Jesus cura um endemoniado em Cafarnaum



Evangelho segundo São Lucas 4,31-37

Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados.

Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade.

Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte:

«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus».

Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum.

Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!».

E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região.

Tradução litúrgica da Bíblia

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«Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré?»

“Não vos apresento um conjunto de bizarrias inauditas, mas aquilo mesmo que foi antecipadamente escrito no Antigo Testamento pelos profetas.

Não ouvistes o grito de Moisés: «Suscitar-lhes-ei um profeta como tu, entre os seus irmãos» (Dt 18,18)?

Não ouvistes Isaías anunciar: «A virgem está grávida e dará à luz um filho» (7,14)?

Não ouvistes David proclamar: «Baixará como a chuva sobre a relva» (Sl 71,6)? [...]

Acreditai, pois, nos profetas, compreendei a realidade que eles anunciam, e encontrareis Jesus, o nazareno (cf Mt 2,23). Mostrei-vos o caminho; quem quiser, siga-o. Acendi a chama; saí das trevas.

Jesus, o nazareno: identifico-O pelo nome e pela pátria. [...]

Não falo do Jesus que formou a abóbada dos céus, que acendeu os raios do Sol, que concebeu as constelações no céu, que acendeu a lâmpada da lua, que fixou o tempo aos dias, que atribuiu o curso às noites, que estabeleceu a terra firme sobre as águas, que pôs travão ao mar com a sua palavra. [...]

Falo de Jesus, o nazareno: aquele acerca de quem Natanael proclamou as suas dúvidas: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» (Jo 1,46).

Daquele diante de quem a tropa dos demónios tremia, dizendo: «Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré?».

«Jesus de Nazaré», diz o apóstolo Pedro, «homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio» (At 2,22).”

Homilia grega do século IV, Para a Oitava da Páscoa

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