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«Jesus, filho de David, tem piedade de mim»

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É quando Jesus se aproxima de Jericó que o cego recupera a vista. Jericó significa «lua» e na Sagrada Escritura a lua é o símbolo da carne votada ao desaparecimento, pois em determinado momento do mês ela diminui, simbolizando o declínio da nossa condição humana, votada à morte.  Mas, ao aproximar-se de Jericó, o nosso Criador faz com que o cego recupere a vista; ao tornar-Se próximo de nós pela carne, de que Se revestiu com a sua mortalidade, Ele torna a dar ao género humano a luz que este tinha perdido.  É porque Deus assume a nossa natureza que o homem acede à condição divina. É a humanidade que está representada neste cego sentado na beira do caminho a mendigar, pois a Verdade diz de Si mesma: « Eu sou o caminho » (Jo 14,6).  Aquele que não conhece o brilho da luz eterna é de facto cego, mas se começa a crer no Redentor então fica « sentado à beira do caminho ». Se, embora crendo nele, não Lhe implora o dom da luz eterna, se se recusa a pedir-Lho, será sempre um cego

«Zaqueu [...] procurava ver quem era Jesus»

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Os ricos têm de aprender que não é pecado ser rico; o que é pecado é não saber utilizar a própria riqueza. Porque as riquezas impedem os maus de alcançar a virtude, mas ajudam os bons. Zaqueu , que era rico, foi escolhido por Cristo , mas depois de dar metade dos seus bens aos pobres e de reembolsar o quádruplo do que tinha retido de modo fraudulento. Pois não basta uma só coisa, e a generosidade perde o valor quando a injustiça permanece; não se pedem os restos, mas a entrega. Foi por isso que ele recebeu uma recompensa mais abundante que a sua generosidade. E ainda bem que é denominado chefe de publicanos; com efeito, quem poderá desesperar, quando o próprio Zaqueu conseguiu? Pois Zaqueu tirava o seu rendimento da fraude. « Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura .» [...] Enquanto se encontra no meio da multidão, Zaqueu não consegue ver a Cristo; só quando se eleva acima da multidão é capaz de O avistar. [...

«Ele [...] seguiu Jesus, glorificando a Deus»

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O nosso Redentor , prevendo que os discípulos ficariam perturbados com a sua Paixão, anuncia-lhes com muita antecedência os sofrimentos da sua Paixão e a glória da sua Ressurreição (Lc 18,31-33); deste modo, vendo-O morrer como lhes anunciara, não duvidariam da sua Ressurreição . Mas, presos ainda à nossa condição carnal, os discípulos não podiam compreender estas palavras que anunciavam o mistério (v. 34). É então que intervém um milagre: diante dos seus olhos, um cego recupera a visão, para que aqueles que eram incapazes de assimilar as palavras do mistério sobrenatural fossem sustentados na sua fé à vista de um ato sobrenatural. Devemos ter um duplo olhar sobre os milagres do nosso Salvador e Mestre : eles são factos, que devemos aceitar como tais, e são signos, que remetem para outra coisa. [...] Assim, no plano da história, não sabemos nada acerca deste cego. Mas sabemos que ele é designado de forma obscura. Este cego é o género humano expulso, na pessoa do seu primeiro

As duas vindas de Cristo

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Anunciamos a vinda de Cristo: não apenas a sua primeira vinda, mas também uma segunda, bem mais gloriosa. Com efeito, a primeira foi marcada pelo signo da paciência, enquanto a outra trará o diadema da realeza divina.  Aquando da primeira vinda, Ele foi enfaixado e deitado na manjedoura; aquando da segunda, será « envolvido em luz como num manto » (Sl 103,2). Aquando da primeira, suportou a cruz e desprezou a vergonha; aquando da segunda, avançará para a glória escoltado por um exército de anjos. Não nos basta já apoiarmo-nos na primeira vinda; continuamos à espera da segunda. E, depois de termos dito, aquando da primeira: « Bendito seja Aquele que vem em nome do Senhor! » (Mt 21,9), voltaremos a dizer-Lho aquando da segunda, quando viermos, com os anjos, ao encontro do Senhor para O adorar.  O Salvador virá, não para ser novamente julgado, mas para julgar aqueles que julgaram. Ele tinha vindo realizar a salvação e ensinar os homens através da persuasão; nesse dia, porém, tudo

Jesus, o fariseu e a mulher pecadora

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A Igreja não é composta por "justos", mas por pecadores, que precisam do perdão de Deus e dos irmãos. A Liturgia de hoje (Domingo XI do Tempo Comum) apresenta-nos um Deus de bondade e de misericórdia , que detesta o pecado, mas ama o pecador. A 1ª Leitura apresenta a história de David , pecador, e a reação de Deus diante do pecado do rei (2Sm 12,7-10.12). David cometeu adultério com a mulher de Urias. Quando soube que a mulher estava grávida, mandou colocar Urias no lugar mais perigoso da batalha, onde ele acabou por morrer. O profeta Natan denuncia o rei por esse crime e anuncia-lhe os castigos de Deus contra ele e a sua família. O rei reconhece humildemente o seu erro: " Pequei contra o Senhor ". Diante dessa atitude humilde e sincera de arrependimento, o profeta termina com uma mensagem de esperança: " O Senhor perdoou o teu pecado. Tu não morrerás ". Deus condena o pecado, mas manifesta misericórdia infinita com o pecador... Dá sempre a

Jesus ressuscitou!

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Na manhã da Páscoa, dois acontecimentos preocuparam os discípulos de Cristo: viram-n’O morto na cruz e, depois, sepultado. Agora, recebem a notícia de que o seu túmulo está vazio. Convictos de que a notícia era fruto da sensibilidade feminina, vão certificar-se: o Corpo de Jesus não está e o sudário e as ligaduras que O envolveram, dobrados, em ordem. Recordando o que Jesus lhes havia dito, um deles acredita: Jesus ressuscitou. Não vão à procura de Jesus, é Jesus que vai ao seu encontro, “se deixa ver” com as marcas dos pregos e da lança, acompanha-os, come com eles… e “os olhos abrem-se e reconhecem-n’O”. É Ele, está vivo, ressuscitou… Quando morreu na cruz… desanimaram, o sonho lindo acabou… e a ressurreição, porém, tudo esclarece, é o selo divino na obra de Jesus. Transformados, convictos, vão pelo mundo fora, enfrentando perseguições e a própria morte, a anunciar que Jesus venceu a morte e que, para além da morte, a vida continua. ***** Diz a Sagrada Escritura: « Nó