«Vinde às bodas»


No mundo visível, se um povo muito pequeno se revolta contra o rei, este não se incomoda a dirigir pessoalmente as operações, antes envia os seus soldados, com os respetivos chefes, e são eles que travam o combate. Pelo contrário, se o povo que se ergue contra ele é muito poderoso e é capaz de lhe devastar o reino, então o rei vê-se obrigado a empreender pessoalmente a campanha, com a sua corte e o seu exército, e a travar ele o combate. Considera que dignidade é a tua! Pois foi o próprio Deus quem empreendeu a campanha, com os seus próprios exércitos – os anjos e os espíritos santos –, para vir proteger-te e te libertar da morte. Tem, pois, confiança, e repara na providência de que és objeto.

Retiremos outro exemplo da vida presente. Imaginemos um rei que depara com um homem pobre e doente e, longe de se desgostar dele, lhe trata as feridas com medicamentos salutares, o leva para o palácio, o veste de púrpura, o cinge com um diadema e o convida para a sua mesa. Pois é assim que Cristo, o Rei celeste, Se aproxima do homem doente, o cura e o convida para a sua mesa real, e fá-lo sem lhe violar a liberdade, antes o persuadindo a aceitar honra tão elevada.

Está escrito no Evangelho que o Senhor enviou os seus servos, mandando-os convidar todos quantos quisessem acorrer, mandando-os anunciar: «Preparei o meu banquete!» Os convidados, porém, desculparam-se. [...] Aquele que convidava estava pronto, mas os convidados recusaram o convite; são, portanto, responsáveis pelo seu destino. Tal é a grande dignidade dos cristãos. Eis que o Senhor lhes prepara o Reino, e os convida a nele entrar; mas eles recusam-se. Perante o dom que nos foi prometido, poder-se-ia dizer que, se uma pessoa [...] sofresse tribulações desde a criação de Adão até ao fim do mundo, nada teria feito em comparação com a glória que receberá em herança, porque está destinada a reinar com Cristo pelos séculos sem fim. Glória Àquele que amou de tal maneira esta alma, que Se entregou e Se confiou a ela, bem como a sua graça! Glória à sua majestade!
Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto | Homilias espirituais, n.º 15, § 30-31 Fonte 

Sobre São Macário do Egipto

Macário nasceu no Alto Egito. Uma antiga tradição afirma que o seu nascimento ocorreu no vilarejo de Shabsheer (Shanshour), em Al Minufiyah, por volta de 300 Algum tempo antes de iniciar sua vida ascética, Macário ganhava a vida contrabandeando natrão nas redondezas de Nítria, uma vocação que o ensinou como sobreviver e como viajar através da vastidão desolada da região.

Ainda jovem, Macário foi forçado a se casar contra a sua vontade. Assim, ele fingiu estar doente e pediu aos seus pais a permissão para ir até as regiões selvagens para relaxar. Quando retornou, ele descobriu que sua esposa tinha morrido e, logo em seguida, seus pais também partiram. Macário então distribuiu todo seu dinheiro entre os pobres e necessitados. Admirando suas virtudes, o povo da vila acabou levando-o até o bispo de Ashmoun, que o ordenou ordenou padre.

Um tempo depois, uma mulher grávida o acusou de tê-la atacado. Macário não tentou se defender e aceitou a acusação em silêncio. Porém, quando o parto se aproximou, o trabalho de parto ficou muito difícil. Ela não conseguiu dar à luz até que confessou que Macário era inocente. Uma multidão então clamou por sua inocência, mas ele preferiu fugir para o deserto da Nítria (Uádi Natrum) para escapar todas as glórias do mundo.

Por um breve período, Macário foi banido para uma ilha no Nilo pelo imperador Valente, juntamente com São Macário de Alexandria, por conta de uma disputa sobre o credo de Niceia. Ao retornar, em 13 Paremhat (=4 de abril), eles foram recebidos por uma multidão de monges do deserto da Nítria, alegadamente cinquenta mil, entre os quais São Pichoi e São João Anão.” Saber mais

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