A firmeza da Igreja

 

A firmeza da Igreja

Também Eu te digo: tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela.

Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus».

Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias.” (Mt 16, 18-20)

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A firmeza da Igreja

“Sentimo-nos cheios de segurança na cidadela da Santa Igreja. [...]

Nunca as promessas de Cristo deixaram de se cumprir; [...] pelo contrário, mostram-se-nos ainda mais consolidadas pelas provas de tantos séculos e as vicissitudes de tantos acontecimentos.

Os reinos e os impérios desmoronaram-se; povos que a glória do seu nome e da sua civilização tinha tornado célebres desapareceram.

Assistimos à desagregação de nações, como que esmagadas pela própria vetustez.

Mas a Igreja é, por natureza, imortal; o laço que a liga a seu celeste Esposo não se quebrará jamais, e ela não pode ser afetada pela caducidade, permanecendo, pelo contrário, florescente de juventude, sempre transbordante da força com a qual surgiu do coração trespassado de Cristo morto na cruz.

Os poderosos da Terra ergueram-se contra ela; eles desapareceram e ela permanece!

Os mestres de sabedoria imaginaram, no seu orgulho, uma variedade infinita de sistemas capazes, pensavam eles, de pôr em causa os ensinamentos da Igreja, de abalar os dogmas da fé, de demonstrar o absurdo do seu magistério. [...]

A história mostra-nos que tais sistemas caíram no esquecimento, arruinados em toda a sua dimensão.

E, entretanto, do alto da cidadela de Pedro, a verdadeira luz resplandece com todo o fulgor que lhe foi transmitido por Cristo desde as origens, e que Ele alimenta com esta sentença divina: «O céu e a Terra passarão, mas as minhas palavras não passarão» (Mt 24,35). [...]

Por isso, [...] dirigi os passos da vossa alma, tal como os começastes, para a firmeza desta rocha; foi sobre ela, como sabeis, que o nosso Redentor fundou a Igreja em todo o mundo, de sorte que os corações sinceros, orientando por ela a sua marcha, não se percam.”

São Pio X (1835-1914), papa (1903-1914) | Encíclica «Iucunda Sane» | Imagem: Cristo entrega as Chaves a Pedro, por Guido Reni (1575-1642) (pormenor)

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«Os interesses de Deus»

“O mundo de antes da guerra recebeu, sobretudo, de Pio X o vigoroso impulso espiritual que caracterizou todo o seu pontificado.

«Os interesses de Deus», esse foi o critério supremo que guiou a acção do papa em todos os terrenos. Um critério que o induziu a adoptar, nas relações com a França ou na luta contra o Modernismo, atitudes de fortaleza sobrenatural, que aos olhos de alguns pareciam chocar com os ditados da prudência humana.

A preocupação pela santidade dos sacerdotes, a redacção de um novo Catecismo, a concessão da Primeira Comunhão às crianças desde a idade do discernimento, foram outras tantas provas do ardente zelo pastoral de São Pio X.

Um zelo que o levou também a procurar pôr em dia a vida da sociedade cristă, mediante a renovação do seu direito tradicional.

Com Pio X a Igreja adoptou o princípio moderno da Codificação, e por determinação sua o cardeal Gasparri iniciou os trabalhos preparatórios, que haviam de culminar depois da sua morte na promulgação por Bento XV do primeiro Código de Direito Canónico (1917).”

Fonte: “História Breve do Cristianismo”, José Orlandis

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