«O Filho do Homem é Senhor do sábado»
“Passava
Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam
as espigas, debulhando-as com as mãos.
Alguns fariseus
disseram: «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?».
Respondeu-lhes
Jesus: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros
sentiram fome?
Entrou na
casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que só aos sacerdotes era
permitido comer, e também os deu aos companheiros».
E
acrescentou: «O Filho do homem é Senhor do sábado».” (Lc 6,1-5)
*****
«O Filho
do Homem é Senhor do sábado»
Na Lei
dada por Moisés, que era uma sombra do que estava para vir (cf Col 2,17), Deus
ordenava que todos descansassem e não fizessem nenhum trabalho no dia de
sábado. Tratava-se de um símbolo, de uma preparação para o verdadeiro sábado
que o Senhor concede à alma. [...]
Com
efeito, Jesus chama o homem ao repouso, dizendo-lhe: «Vinde a Mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» (Mt
11,28).
E a todas
as almas que têm confiança e se aproximam dele, dá-lhes descanso, libertando-as
de pensamentos dolorosos, desanimadores e impuros.
Assim,
deixam completamente de se entregar ao mal e celebram um sábado verdadeiro,
delicioso e santo, uma festa do Espírito, numa alegria jubilosa inexprimível; e
prestam a Deus um culto que Lhe é agradável porque procede de um coração
puro: esse é o verdadeiro sábado santificado.
Supliquemos
também nós ao Senhor que nos permita entrar no seu repouso, que nos faça acabar
com os pensamentos vergonhosos, maus ou vãos, a fim de que possamos celebrar a
festa do Espírito Santo e servir a Deus com o coração puro.
Bem-aventurados
os que entram nesse repouso.
Homilia
atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto | Homilias espirituais, n.° 35
| Imagem
*****
Macário é
um santo para a Igreja Católica Romana e para a Igreja Católica
Oriental, para a Igreja Ortodoxa e a Igreja Ortodoxa Oriental.
São
Macário do Egito fundou um mosteiro que ainda hoje tem o seu nome,
o Mosteiro de São Macário, o Grande, que vem continuamente sendo
habitado por monges desde a sua fundação, no século IV.
Hoje, ele
pertence à Igreja Ortodoxa Copta. Todo o deserto da Nítria é, às vezes,
chamado de "Deserto de Macário", pois ele foi o monge
pioneiro na região.
As ruínas
de diversos mosteiros na região quase confirmam a tradição local de que os
claustros de Macário eram iguais, em número, aos dias do ano. Fonte