Sair do pecado e entrar no Reino de Deus

Sair do pecado e entrar no Reino de Deus

“Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: "Filho, vai hoje trabalhar na vinha".

Mas ele respondeu-lhe: "Não quero". Depois, porém, arrependeu-se e foi.

O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: "Eu vou, Senhor". Mas de facto não foi.

Qual dos dois fez a vontade ao pai?». Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o Reino de Deus.

João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».” (Mt 21,28-32)

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Sair do pecado e entrar no Reino de Deus

“Irmãos, chegou o momento de sairmos, cada um pela sua parte, do lugar do nosso pecado. Saiamos da nossa Babilónia e vamos ao encontro de Deus, nosso Salvador, como nos adverte o profeta: «Apressa-te, Israel, a ir ao encontro do Senhor, porque Ele vem!» (Am 4,12).

Saiamos do abismo do nosso pecado e aceitemos partir ao encontro do Senhor, que assumiu «uma carne semelhante à do pecado» (Rom 8,3).

Saiamos da vontade do pecado e façamos penitência pelos nossos pecados. Então, encontraremos a Cristo, que expiou pessoalmente o pecado que de maneira nenhuma tinha cometido.

Então, Aquele que salva os penitentes dar-nos-á a salvação: «Ele tem misericórdia com os que se convertem» (Eclo 12,3).

Perguntar-me-eis: [...] Mas quem pode sair sozinho do pecado?

Sim, na verdade, o maior pecado é o amor ao pecado, o desejo de pecar. Abandona, pois, esse desejo, [...] odeia o pecado e já saíste do pecado.

Se odiares o pecado, já encontraste a Cristo, [...]. A quem odeia o pecado, [...] Cristo perdoa as culpas, na esperança de arrancar de raiz os nossos maus hábitos.

Mas dizeis que até isso é demasiado para vós, e que, sem a graça de Deus, é impossível o homem odiar o seu pecado e desejar a justiça. «Louvai o Senhor pelas suas misericórdias, pelas maravilhas que fez pelos filhos dos homens!» (Sl 106,8). [...]

Ó Senhor de mão poderosa, Jesus omnipotente, vem libertar a minha razão cativa do demónio da ignorância e arrancar a minha vontade doente à peste da sua cobiça.

Liberta as minhas capacidades, a fim de que eu possa comportar-me com fortaleza, como desejo de todo o coração.”

Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense | Sermão de Quaresma, SC 207 | Imagem

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