O Mistério da Igreja
O Concílio Vaticano II, no dizer de espíritos mais
conservadores e com alguma razão, alterou profundamente e revolucionou a
Igreja…
A Igreja era vista como “uma sociedade governada pelo Papa”…
Alguns cardeais (o belga Suenens e os franceses Lienart e Marty),
porém, fizeram escutar uma outra conceção que viria a prevalecer: a Igreja é em
primeiro lugar um mistério.
O título da Constituição sobre a Igreja é Lumen Gentium =
Luz dos Povos.
A Luz dos Povos é Cristo e a Igreja é “o sacramento, ou
sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género
humano”.
Ao longo dos séculos insistiu-se na sua organização
hierárquica.
O Concílio juntou outros aspetos: Mistério, Povo de Deus e
Hierarquia, aspetos inseparáveis, não acessórios, da mesma realidade humana e
divina, (cf. LG8).
O elemento visível não pode viver em contradição com o que
anuncia e de que é sinal.
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Diz a Sagrada Escritura: «Todos nós, embora sejamos muitos,
formamos um só corpo com Cristo, e estamos unidos uns aos outros, como membros
desse mesmo Corpo». (Rom. 12, 4-5)
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Em compassada batida,
O coração não descansa
E por todo o corpo lança
O sangue, calor e vida.
E quem a graça conduz,
Neste corpo que é a Igreja,
É a vida que lateja
No coração de Jesus.
In Jornal “Avé Maria”