Paróquia, o que é?



“A paróquia, enquanto comunidade de fé esperança e amor, que continua a obra salvadora de Cristo em um lugar determinado, continua a ser uma estrutura pastoral muito importante.

É na paróquia que os crentes têm normalmente a oportunidade de alimentar e celebrar a sua fé, de viver e agir como cristãos.

Uma autêntica comunidade paroquial não é um simples aglomerado social de indivíduos batizados, nem uma instituição eclesiástica puramente jurídico-administrativa, nem uma simples «estação de serviços religiosos».

A paróquia deve ser uma comunidade de grupos, de pessoas que se reúnem para escutarem juntos a Palavra de Deus, para se deixarem interpelar por ela, para se ajudarem mutuamente a compreender as suas exigências e para se comprometerem a ser testemunhas fiéis desta Palavra no mundo em que vivem.

A paróquia deve situar-se na linha da unidade eclesial e da comunhão, sendo ela mesma garantia de catolicidade e de intercomunhão entre as diversas comunidades eclesiais de base e dos diversos grupos de movimentos especializados.

A paróquia pode oferecer a estas comunidades e grupos, além de um lugar de culto, locais adequados para as suas reuniões e uma estrutura básica capaz de coordenar iniciativas e fazer um trabalho válido em comum, verdadeiramente eclesial.

A paróquia, assim, entendida, teria o encargo de evitar a degradação das pequenas comunidades e grupos, sem lhes impor, no entanto, uma disciplina monovalente.

Seria como que uma plataforma estrutural ágil, capaz de animar e servir às diversas comunidades eclesiais de base e grupos apostólicos que conseguiram encarar de frente a revitalização do espírito comunitário.

Não é de forma alguma conveniente que se coloque a opção pastoral em sentido disjuntivo: ou comunidades eclesiais de base ou paróquia, grupos apostólicos ou paróquias.

O que importa é saber conjugar as duas possibilidades que podem enriquecer-se mutuamente.

A paróquia pode oferecer-lhes catolicidade e largueza de vistas, enquanto os movimentos apostólicos especializados dão um compromisso transformador e as pequenas comunidades cristãs sentido fraterno e comunitário.

A paróquia que, «de certo modo representa a Igreja visível estabelecida por todo o mundo» (S.C. 42) e que é «como que uma célula da diocese» (A.A. 10), tem, por conseguinte, a mesma tríplice missão de que foi encarregado o Povo de Deus:

- Uma missão profética: testemunho de fé eclesial, evangélica e catequese, iluminação das realidades temporais, denúncia profética.

- Uma missão sacerdotal: consagração do mundo a Deus pela vida de fé, e, de modo especial, pela oração comunitária e pessoal e pela celebração comunitária dos sacramentos, particularmente da Eucaristia.

- Uma missão real: construção da igreja da caridade sensível a todos os problemas humanos, servidora de todos, especialmente dos pobres e dos marginalizados; coordenação e administração da economia paroquial, dentro do espírito evangélico e em comunhão com toda a Igreja diocesana, através do Fundo Comum Diocesano.” (1)

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Sobre o que é uma Paróquia, diz-nos o Catecismo da Igreja Católica, no seu nº 2179:

 «A paróquia é uma certa comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, cuja cura pastoral, sob a autoridade do bispo diocesano, está confiada ao pároco, como a seu pastor próprio». É o lugar onde todos os fiéis podem reunir-se para a celebração dominical da Eucaristia. A paróquia inicia o povo cristão na expressão ordinária da vida litúrgica e reúne-o nesta celebração; ensina a doutrina salvífica de Cristo; e pratica a caridade do Senhor em obras boas e fraternas.

“Podes também rezar em tua casa; mas não podes rezar aí com na igreja, onde muitos se reúnem, onde o grito é lançado a Deus de um só coração.[...] Há lá qualquer coisa mais: a união dos espíritos, a harmonia das almas, o laço da caridade, as orações dos sacerdotes». (São João Crisóstomo, De incomprehensibili Dei natura seu contra Anomeos, 3,6: SC 28bis, 218 (PL 48, 725).

E mais à frente:

“(…) A paróquia é a comunidade eucarística e o coração da vida litúrgica das famílias cristãs; é o lugar privilegiado da catequese dos filhos e dos pais.” (CIC, 2226).

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(1) Retirado de “O Conselhos Pastoral Paroquial – Como dinamizar uma Paróquia”, Joan Bastard Comas, trad. de Mons. José Varanda (texto editado)

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