Santa Beatriz da Silva, fundadora da Ordem da Imaculada Conceição


Beatriz da Silva nasceu, de uma família nobre, em Campo Maior - Portugal, por volta de 1426.

Depois de ter acompanhado seus pais a Ceuta, passou à corte de Castela - Espanha, em 1447, como dama de honor da sua parenta, a infanta Isabel de Portugal.

Para se dedicar a uma vida cristã mais perfeita, retirou-se para o convento da Ordem de São Domingos, em Toledo, onde permaneceu mais de trinta anos, obedecendo religiosa e solicitamente à superiora do convento e submetendo-se fielmente à disciplina regular, especialmente quanto ao silêncio e à celebração diária dos Ofícios Divinos.

Nesse convívio de vida consagrada tomou a resolução de instituir uma nova família religiosa consagrada à Santíssima Mãe de Deus.

Apoiada no poder da rainha Isabel, a Católica, transferiu-se em 1484 com doze companheiras para a casa vulgarmente chamada “Palácio de Galiana’’, na mesma cidade, e assim começou a fundação do Instituto que deu origem à Ordem da Imaculada Conceição de Nossa Senhora¸ ou concepcionistas, aprovado pelo Papa Inocêncio VIII, em 1489.

Pouco depois de fazer profissão religiosa, faleceu com fama de santidade, no ano de 1492. 

Foi canonizada pelo Papa Paulo VI, a 3 de outubro de 1976. (1)

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Santa Beatriz da Silva, fundadora da Ordem da Imaculada Conceição


Todos os bens me vieram juntamente com ela

Deus favorece algumas almas, inspirando lhes uma devoção singular, fervorosa e profunda à Santíssima Virgem.

Movidas pela graça, estas almas consagram se inteiramente a Nossa Senhora e identificam se com ela mediante a prática da vida espiritual mariana, que consiste em inspirar se na Santíssima Virgem para todas as coisas e fazer tudo em união com Ela.

As almas que praticam esta vida espiritual mariana encontram na Virgem Maria poderoso auxílio e infalível conforto em todas as tribulações.

É admirável o modo de proceder da Senhora para com as almas que Lhe pertencem (por sua devoção e consagração perfeita) e a solicitude que mostra para com elas.

Com que amor e ternura as visita, lhes assiste na tribulação, as protege e defende de seus inimigos, as socorre nas necessidades, as enamora de Deus, as adorna e prepara para a sua união com Deus e lhes obtém esta graça!

Estas almas podem repetir com toda a verdade as palavras do livro da Sabedoria: Todos os bens me vieram juntamente com ela e pelas suas mãos recebi inumeráveis riquezas.

Quem tem a seu favor a Santíssima Virgem (e têm na todos os que a amam deveras) possui um tesouro infinito, porque possui o próprio Deus.

E não há quem proporcione consolações tão inefáveis como as que a Senhora concede aos seus devotos no tempo da tribulação.

Por isso as almas de vida interior, chamadas a viver na intimidade de Deus, como preparação para as provas que as esperam nas noites e cavernas, nos desertos e túneis por que hão de passar ao longo deste caminho, devem procurar identificar se com a Santíssima Virgem e merecer o seu amparo e proteção.

Se assim fizerem, sofrem menos e aproveitam sempre mais, especialmente nos períodos de sofrimento em que mais precisam do seu patrocínio.

Sofrem menos, porque as almas que praticam a vida espiritual mariana, quando se vêem abandonadas por Deus, acusadas pela própria consciência, atormentadas pelo demónio e desesperadas da sua salvação, além da proteção que experimentam no seu recurso frequente à Santíssima Virgem, sentem por ela o afeto de complacência que as torna participantes da sua felicidade e gozam da torrente das suas delícias.

Aproveitam mais, porque, iluminadas pelo esplendor desta Estrela da Manhã que nunca se esconde a seus servos, têm consciência da purificação dolorosa que nelas opera a graça e, confortadas e ensinadas pela Senhora, sofrem na com perfeita resignação; longe de se lhe oporem ou subtraírem, procuram antes cooperar com ela na medida em que lhes é possível.”

Do livro da Irmã concepcionista Maria de los Ángeles Sorázu, sobre a Vida Espiritual (Ed. 2.ª, Madrid 1956, pp. 39-40.72 ss) (Sec. XX)

(1) “Martirológio Romano” (texto adaptado)

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