Converter-se, ouvindo os repetidos apelos de Deus
"Meu
Senhor Jesus, Tu, cujo amor por mim foi tão grande que Te fez descer do Céu
para me salvar, querido Senhor, mostra-me o meu pecado, mostra-me a minha
indignidade, ensina-me a arrepender-me sinceramente, na tua misericórdia,
perdoa-me.
Peço-Te, meu querido Salvador, que tomes posse da minha pessoa. Só o
teu perdão o pode fazer.
Sozinho, não posso salvar-me; não sou capaz de
recuperar o que perdi.
Sem Ti, não posso voltar-me para Ti, nem agradar-Te.
Se
apenas contar com as minhas forças, irei de mal a pior, fraquejarei
completamente, tornar-me-ei duro por negligência.
Serei eu, e não Tu, o centro
de mim próprio.
Adorarei qualquer ídolo moldado por mim, em vez de Te adorar a
Ti, único Deus verdadeiro e meu Criador [...].
Ó meu querido Senhor, escuta-me!
Já vivi o suficiente neste estado: a pairar, indeciso e medíocre; quero ser o
teu fiel servidor, não quero pecar mais.
Sê misericordioso para comigo, faz com
que me seja possível, pela tua graça, tornar-me aquilo que sei que devo ser."
Beato
John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra |
Meditações e Devoções, 3.ª parte, IV: Pecado, § 2
- Sugestão de leitura: Divina Misericórdia
Cardeal John Henry Newman (1801-1890)
"Ainda
que somente há alguns anos que sou católico, sei entretanto que o problema
"por que sou católico" é muito diferente do problema "por que me
converti ao catolicismo".
Tantas coisas motivaram minha conversão e tantas
outras continuam surgindo depois... todas elas são colocadas em evidência
somente quando a primeira nos dá o empurrão que conduz à própria conversão.
Todas
são também tão numerosas e tão diferentes umas das outras, que, no fim, o
motivo originário e primordial pode chegar a nos parecer quase insignificante e
secundário.
Cardeal
Diácono de São George em Velabro, autor sagrado, filósofo, homem de letras,
líder do Movimento Tractariano, e o mais ilustre converso inglês à Igreja.
Nascido
na Cidade de Londres, em 21 de fevereiro de 1801, o mais velho de seis irmãos,
três homens e três mulheres; morreu em Edgbaston, Birmingham, em 11 de agosto
de 1890. Houveram certas discussões sobre sua ascendência com respeito a seu
lado paterno.
Seu
pai foi John Newman, um banqueiro, sua mãe Jemima Fourdrinier, de uma família
Huguenote estabelecida em Londres como cinzeladores e fabricantes de papel.
Sabe-se
que o sobrenome era escrito "Newmann"; está claro que muitos judeus,
ingleses ou estrangeiros, o levaram, e a insinuação era que o cardeal era de
ascendência judaica.
Mas
não encontraram nenhuma evidência documentaria para confirmar tal ideia. Sua
linhagem francesa é inegável.
Recebeu de sua mãe seu treinamento religioso, um
Calvinismo modificado; e provavelmente ajudou à "concisão lúcida" de
suas palavras quando tratava de temas abstrusos." Continuar
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